"Apesar de o nosso Castelo Mágico estar pronto para receber os visitantes, face ao estado de alerta máximo em que o concelho de Montemor-o-Velho se encontra, informamos que só reabriremos os portões da viagem ao sonho de Natal na próxima quinta-feira, dia 26 de dezembro", refere a autarquia, em nota publicada na rede social Facebook.
Segundo a mesma nota, os bilhetes pré-adquiridos ou reservados para os dias 19, 20 e 21 de dezembro "são válidos para qualquer outro dia de funcionamento do Castelo Mágico".
A segunda edição do "Castelo Mágico" de Montemor-o-Velho, que transforma a fortaleza da região do Baixo Mondego num parque temático de Natal, terá mais dias de animação e pretende atrair 70 mil visitantes até 05 de janeiro de 2020.
O evento passou de 18 para 25 dias de duração, propondo às crianças e famílias diversas atividades e diversões, desde espetáculos teatrais a iniciativas científicas, passando por uma pista de gelo natural, praças de neve, insufláveis, passeios com animais, uma via de 'slide' nas muralhas do castelo ou animação de rua permanente, entre outras.
O Castelo Mágico envolve um investimento municipal de 300 mil euros, mais 100 mil do que na primeira edição, em que o retorno financeiro se situou nos 130 mil euros.
Quatrocentos operacionais estão hoje em três concelhos da região do Baixo Mondego a acudir a problemas causados pelo mau tempo, disse o Comandante Distrital de Operações de Socorro de Coimbra.
A Câmara de Coimbra solicitou hoje às populações localizadas entre Bencanta e Ameal, na margem esquerda junto ao rio Mondego, uma linha reta de oito quilómetros, que preparem evacuação, na sequência do mau tempo que tem atingido Portugal.
Também a Câmara de Montemor-o-Velho declarou hoje "alerta máximo de risco de cheia" para as zonas baixas de Carapinheira, Montemor-o-Velho, Meãs do Campo, Tentúgal e Ereira, logo após a rotura de um dique no canal principal do Mondego.
Os fortes efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos, um desaparecido e deixaram 144 pessoas desalojadas, registando-se 9.500 ocorrências no continente português, na maioria inundações e quedas de árvore.
O mau tempo provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou hoje o impacto da depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
No balanço realizado às 13:00 de hoje, a Proteção Civil indicou que a situação no rio Mondego é a mais preocupante, estando a decorrer evacuações para prevenir os efeitos de eventuais cedências de diques.
O IPMA já havia alertado para os efeitos da depressão Fabien, em especial no Norte e no Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de sudoeste, com rajadas que podem atingir 90 km/hora no litoral norte e centro e 140 km/hora nas terras altas.
Prevê-se que estes efeitos vão diminuindo e que se registe uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.
Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar entre as 21h00 de hoje e as 12h00 de domingo em aviso vermelho, devido à agitação marítima, a que se soma Vila Real, por causa de fortes rajadas de vento, que podem atingir 140 quilómetros/hora.