Estarreja requalifica escola sem esperar pelo governo

A Câmara de Estarreja aprovou hoje o lançamento da empreitada de requalificação da EB 2,3 e jardim-de-infância de Avanca, visando a sua transformação em centro escolar.

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Lusa
23/12/2019 18:24 ‧ 23/12/2019 por Lusa

País

Estarreja

 

O Centro Escolar de Avanca Egas Moniz representa um investimento de mais de quatro milhões de euros, que a Câmara Municipal decidiu assumir, uma vez que, entre outras deficiências estruturais, a cobertura ainda era de telhas de fibrocimento.

"Não pudemos esperar mais", afirma o presidente da autarquia, Diamantino Sabina, face "à ausência de respostas do Ministério da Educação" aos sucessivos pedidos de intervenção.

Com a obra hoje aprovada em reunião do executivo municipal, o ensino em Avanca ficará centralizado em dois estabelecimentos de ensino: a EB do Mato, para o ensino pré-escolar, e o Centro Egas Moniz, onde os 1º. 2.º e 3.º ciclos vão ser restruturados e reorganizados num espaço único, servindo uma população escolar de 700 alunos.

Segundo Diamantino Sabina, "face ao estado de degradação dos edifícios da Escola Básica 2,3 Egas Moniz, da responsabilidade do Ministério da Educação, a Câmara Municipal de Estarreja decidiu ainda assim avançar com o projeto de arquitetura contratado por cerca de 75 mil euros, não havendo até hoje qualquer garantia de financiamento por parte da tutela da parte que lhe compete".

"A reivindicação é velha e da maior pertinência! Já lá vão mais de 15 anos em que vimos exigindo intervenção na EB 2,3 Egas Moniz de Avanca. Bastaria a péssima calafetação e por isso um comportamento muito aquém do que hoje se exige de um edifício escolar em termos térmicos, mas acresce a humidade, o frio, as lajes fissuradas e a água a escorrer dentro das salas de aulas", explicou o autarca.

Diamantino Sabina salienta que a EB 2,3 Egas Moniz "tem como cobertura telhas de fibrocimento que contém amianto, substância que é nociva para a saúde".

De acordo com o presidente da Câmara, ao assumir o investimento, que deverá ascender a 4,3 milhões de euros, dos quais dois milhões de euros caberiam ao ministério da Educação, o Município vê-se obrigado a tomar medidas restritivas com reflexos nos próximos orçamentos municipais.

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