A perda do olfato pode ser um sinal precoce de Alzheimer, a forma mais comum de demência. Esta é a principal conclusão de um estudo da revista Neurology.
Na investigação, os participantes que desenvolveram comprometimento cognitivo obtiveram piores pontuações ao identificarem odores. As melhores pontuações estavam associadas a uma perda mais lenta de volume cerebral, principalmente nas regiões frontal e temporal, áreas importantes para o pensamento e memória.
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"O olfato diminui com a idade, mas também é um sintoma precoce de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer", aponta o National Institute on Aging. Segundo o estudo, "o olfato está relacionado com o comprometimento cognitivo e demência". Os dados demonstram "relações longitudinais com perda de volume cerebral em áreas cerebrais específicas e declínio cognitivo em domínios específicos".
Recorde-se que Alzheimer é considerada uma demência, termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências podem ser prevenidas ou atrasadas.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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