Foram reportados 995 casos de violência contra profissionais de saúde na plataforma criada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), envolvendo vários grupos profissionais, até final de setembro de 2019. Os dados constam de uma nota enviada às redações esta segunda-feira.
"Os casos de violência contra os profissionais de saúde no local de trabalho são sempre atos condenáveis e motivo de grande preocupação para os Ministérios da Saúde e da Administração Interna", começa por explicar o comunicado.
Em 2018, foram comunicados 953 casos. As injúrias "são o principal tipo de notificação", representando cerca de 80% do total.
Os ministros da Saúde, Marta Temido, e da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vão reunir-se esta terça-feira com o "objetivo de analisar os episódios recentes e estudar novas medidas para garantir a melhoria da segurança de todos os profissionais que trabalham nas unidades de saúde".
O último caso mais mediático ocorreu quando um casal de médicos foi sequestrado. O episódio aconteceu no dia 31 de dezembro, no Hospital São Bernardo, em Setúbal, no mesmo dia em que um jovem de 21 anos agrediu um médico no centro de saúde de Moscavide depois de o clínico lhe ter recusado uma baixa.
Recorde-se que mais de 600 incidentes de violência contra profissionais de saúde foram registados nos primeiros seis meses de 2019, sendo que a maioria das notificações respeitam a assédio moral ou violência verbal.