Militares portugueses no Iraque com "medidas de segurança reforçadas"

O ministro da Defesa Nacional declarou, durante a manhã desta terça-feira, que os militares portugueses no Iraque estão "fora de qualquer tipo de perigo", aquartelados a mais de 200 quilómetros dos locais onde esta madrugada duas bases foram atacadas com mísseis.

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Mafalda Tello Silva
08/01/2020 10:58 ‧ 08/01/2020 por Mafalda Tello Silva

País

João Cravinho

O ministro da Defesa, João Cravinho, garantiu que os 34 militares portugueses, que se encontram na base de Besmayah, a 50 quilómetros de Bagdad, no Iraque, "estão bem" e que foram adoptadas "medidas de proteção reforçadas no perímetro da base". 

Em direto para as televisões a partir de Oeiras, o governante frisou também que os soldados estão "muito longe dos locais", onde decorreram, ontem, os ataques do Irão com recurso a dezenas de rockets a duas bases militares iraquianas utilizadas pelo exército norte-americano.

Recordando que esteve na base em causa no mês passado juntamente com o primeiro-ministro, João Cravinho reiterou que Besmayah "é uma base algo isolada", localizadas "numa região desértica".

"Por precaução, os próprios militares andam com coletes à prova de bala sempre que estão fora de edifícios", sublinhou à margem de uma visita à Academia de Comunicações e Informação da NATO, no Reduto Gomes Freire.

Sobre se está a ser equacionada a retirada das tropas portuguesas, o ex-secretário de Estado adiantou que ainda "é muito cedo para dizer". "Vamos ver como é que as autoridades iraquianas desenvolvem a sua posição e como a situação evoluiu nas próximas semanas", acrescentou. 

O ministro recordou ainda que a missão dos militares portugueses é de formação, e que, por isso, está salvaguardada segundo uma resolução divulgada pelo Governo iraquiano. Contudo, "todas as atividades de formação foram suspensas". 

"O que faz sentido é que as atividades retomem. Vamos ver quando há condições para retomar, para prosseguir a missão (...) Temos de dar tempo ao tempo", sustentou, confirmando que "a missão tem final previsto para maio" e que foi decidido que "um novo contingente" iria "substituir o atual, durante o ano de 2020". 

O que levaria o Governo a retirar tropas? 

Garantindo que a retirada dos soldados portugueses está sempre em cima da mesa, João Cravinho adiantou que há "dois critérios fundamentais" que se não fossem cumpridos retornariam a Portugal. 

"Primeiro, se a missão colocar em perigo os nossos militares (...). Em segundo, mesmo que não estejam directamente em perigo, se não tiverem condições, então, serão retirados. 

Leia Também: Irão disparou mísseis contra base com soldados dos EUA no Iraque

 

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