A Polícia Judiciária está a cumprir, esta quinta-feira, quinze mandados de busca e apreensão em bancos, na sede de uma empresa, em vários domicílios e em sedes empresariais, anunciou a Procuradoria-Geral da República, em comunicado. Um dos visados é o banco Montepio, confirmou a instituição bancária em comunicado enviado à CMVM.
"As diligências incidem sobre um conjunto de clientes de instituições financeiras e de entidades suas detentoras, com o propósito de recolha de prova relativamente a operações bancárias realizadas por clientes entre 2011 e 2014, bem como documentação relacionada com estas operações", pode ler-se no comunicado da PGR.
A TVI24 adianta ainda que Tomás Correia, o BNI Europa, bem como o empresário José Guilherme e o filho estão também a ser alvo de buscas.
Entretanto, em comunicado enviado à CMVM, o Banco Montepio confirmou que a sede foi alvo de buscas, justificando que se trataram de diligências a propósito de operações de clientes.
"A Caixa Económica Montepio Geral, caixa económica bancária, S.A. informa que se realizaram esta quinta-feira, dia 16 de janeiro, buscas nas suas instalações. Mais se informa que, conforme o teor do comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR), se trata de diligências a propósito de operações de clientes, que reportam a factos ocorridos entre os anos 2011 e 2014", pode ler-se.
De recordar que Tomás Correia foi presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) desde 2008 até ao final do ano passado. Após o Conselho Geral de 24 de outubro, Tomás Correia anunciou que a sua saída ocorreria a 15 de dezembro, após a festa de Natal da Mutualista, que decorreu no sábado no Parque das Nações, em Lisboa.
Ao jornal ECO, e numa primeira reação a este caso, Tomás Correia disse: "Não faço a mais pequena ideia do que se tratam" as buscas que estão a ser realizadas. "Não sou arguido em coisa nenhuma", sublinhou.