Os portugueses que se encontram em Wuhan, na China, o local de origem do novo coronavírus que já matou 132 pessoas, podem ser repatriados a partir de sexta-feira, avança o Público. Quinze pessoas vão regressar a território nacional enquanto cinco não pretendem fazê-lo.
Os cidadãos nacionais devem regressar a Portugal no segundo voo disponibilizado pelo Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
O Notícias ao Minuto já contactou a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas para confirmar a informação, mas, até ao momento, não foi possível obter esclarecimentos.
Entretanto, fonte do executivo comunitário precisou à agência Lusa que mais de dez cidadãos portugueses já manifestaram esta vontade às autoridades, mas ressalvou que só haverá um número concreto esta tarde, após uma reunião dos técnicos da Comissão Europeia com representantes dos Estados-membros.
Recorde-se que o número de infeções pelo novo coronavírus na China excedeu o da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) no país entre 2002 e 2003, que matou 774 pessoas em todo o mundo, segundo dados oficiais esta quarta-feira divulgados.
A União Europeia (UE) envia hoje o primeiro de dois aviões à região chinesa de Wuhan para repatriar 250 franceses e outros 100 cidadãos europeus que o solicitem, "independentemente da nacionalidade". O Governo português já anunciou que quer retirar por via aérea os portugueses retidos em Wuhan.
Um avião fretado pelo Governo japonês transportando 216 pessoas retiradas da cidade já chegou a Tóquio.
Um avião com pessoal diplomático dos Estados Unidos e outros cidadãos norte-americanos também saiu de Wuhan, devendo chegar hoje ao aeroporto internacional de Ontário, na Califórnia.
De lembrar ainda que os sintomas associados à infeção são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias.
[Notícia atualizada às 14h54]