Segundo disse à agência Lusa a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, uma equipa do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge estará pelas 09h30 no Pulido Valente para fazer a recolha das amostras respiratórias aos 18 portugueses e duas brasileiras que vieram da China e que chegaram a Lisboa no dia 2 deste mês.
Graça Freitas adiantou que o resultado destas análises será conhecido "algumas horas depois", durante a tarde.
As primeiras análises a estes cidadãos deram negativo ao novo coronavírus (que provoca a doença entretanto nomeada como Covid-19).
Desde o dia 2 de fevereiro, que os 20 cidadãos estão instalados no Hospital Pulido Valente (Centro Hospitalar de Lisboa Norte), num isolamento voluntário que tem essencialmente caráter preventivo.
Mais 121 mortes nas últimas 24 horas
A Comissão Nacional de Saúde da China reportou hoje 121 mortes, nas últimas 24 horas, pelo novo coronavírus, designado Covid-19, fixando em 1.380 o número total de vítimas mortais em todo o continente chinês.
Segundo a Comissão Nacional de Saúde, o número de infetados cresceu 5.090, para 63.581, na totalidade da República Popular da China, que exclui Macau e Hong Kong.
O principal órgão de saúde da China reviu assim em baixa os dados difundidos ao início da manhã (hora local) pelas autoridades de Hubei, apontando que houve duplicados na "recolha e registo de dados".
Segundo a Comissão Nacional de Saúde, o número atual de infeções na China Continental é de 63.581, um aumento de 5.090, em relação ao dia anterior.
Os números anteriores divulgados pelas autoridades de Hubei fixaram o número de infetados acima dos 65.000, mas a Comissão apontou, entretanto, que aquele número está incorreto.
Segundo a Comissão Nacional de Saúde, só na província de Hubei, epicentro da epidemia, morreram 116 pessoas, nas últimas 24 horas, fixando o total em 1.318, e surgiram 4.823 novos casos.
A mesma fonte informou ainda que entre os novos casos registados a nível nacional, 2.174 são graves, enquanto 1.081 pessoas receberam alta após superarem a doença.
Mudança de critérios? É "normal e legítima"
Recorde-se que a China anunciou uma mudança de critérios na classificação de infetados pelo novo coronavírus, não sendo obrigatório uma análise laboratorial positiva.
Segundo a diretora-geral da Saúde, esta alteração é "normal e legítima", uma vez que passa a basear-se em critérios clínicos e em exames radiológicos que confirmem uma pneumonia.
A alteração deste critério permitiu, segundo Graça Freitas, incluir nos infetados, de modo retrospetivo, pessoas doentes e que não chegaram a fazer análise laboratorial. Por outro lado, pode melhorar a capacidade de tratamento, uma vez que os doentes passam de imediato a receber tratamento, mesmo antes ou sem a confirmação laboratorial.