O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, falou aos jornalistas no final da inauguração do novo posto de Almancil, em Loulé, sobre as acusações do Governo venezuelano e garantiu que "não há indícios" de que possa ter existido uma falha de segurança por parte do Estado Português.
"Não há nenhum indicio, mas só o facto de a questão ser colocada em termos públicos leva-nos a investigar", justificou, referindo-se à investigação que está a decorrer.
Questionado sobre se nega as acusações do governo venezuelano, Eduardo Cabrita referiu apenas: "Quando determino um inquérito, é porque não há nenhum indicio, até ao momento, de qualquer fundamento. Mas, obviamente, que não podemos ignorar o que é dito. Nessa matéria há que apurar."
O ministro aproveitou para salientar que "Portugal é um país seguro e que qualquer dúvida sobre essa imagem de segurança, em todos os ramos, deve ser imediatamente esclarecida".
Sobre se estas acusações afetam a relação com aquela país, o MAI reforçou que "o que está em causa é a imagem de Portugal, que é o terceiro país mais seguro do mundo".
A Venezuela acusou esta quinta-feira, 13 de fevereiro, a TAP e o Governo português de ter violado "padrões internacionais", por ter permitido o transporte de explosivos e o embaixador português em Caracas, Carlos Sousa Amaro, de interferir nos assuntos internos da Venezuela, ao interceder pelo tio de Juan Guaidó, Juan Marquez.