A ministra da Saúde garantiu esta quarta-feira que a Direção Geral de Saúde (DGS) está desde o início do surto do coronavírus a “acompanhar a melhor evidência, o desenvolvimento epidemiológico e a transpor para o país as medidas que são recomendadas”. Sublinhando: “Temos confiança no trabalho que estamos a fazer, no envolvimento dos profissionais de saúde para podermos garantir a resposta de que os portugueses estão à espera".
Frisando que estão a ser feitos todos os esforços no sentido de ter a melhor resposta, Marta Temido disse que "é muito importante que trabalhemos em coordenação, articuladamente, com precaução máxima e sem alarmismos desnecessários".
A ministra explicou também que, neste momento, não há recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) nem do Centro Europeu de Controlo de Doenças para serem tomadas medidas restritivas a nível do acesso aos países com casos de infeção registados.
"Ainda ontem, mesmo os países que fazem fronteira a norte com Itália optaram pela manutenção do livre trânsito das pessoas. Vivemos num mundo onde as pessoas circulam, temos de ter a consciência de que isso comporta, neste caso, a necessidade de precauções especiais", afirmou Marta Temido em declarações aos jornalistas.
E essas precauções especiais são, reforçou a ministra, "a higienização constante repetida das mãos e a abstenção de contactos que, no fundo, possam levar a que gotículas sejam transmitidas e que atinjam os olhos, o nariz ou a boca".
"Tudo aquilo que é a higiene relacionada com a forma como nos relacionamos com os outros nestas circunstâncias tem de ser especialmente acautelada. Claro que quem provenha destas regiões deve ter cuidados especiais, permanecendo isolado e contactando, em caso de sintomas ou de dúvidas, as linhas de contato telefónicas", referiu, insistindo particularmente neste ponto.
"É sempre preferível utilizar o telefone a fazer uma deslocação aos serviços de saúde. Porque isso, como sabem, pode por em risco a saúde dos profissionais e de outros utentes que estejam em espaços comuns. O telefone é o melhor contacto, por favor".
Nesta altura, recorde-se, aumentam os casos de infeção na Europa, sendo Itália o país com mais casos (de acordo com o último balanço, há 374 infetados e 12 mortos neste país). França confirmou hoje a segunda morte, depois de ter registado a primeira morte em território europeu a 14 de fevereiro.