Covid-19. "Quando houver um caso positivo, será comunicado de imediato"

A diretora-geral da saúde, Graça Freitas, tranquilizou os portugueses sobre a inexistência de casos de infeção por Covid-19 em Portugal e que cenário de "21 mil infetados" não passa disso mesmo, "um cenário".

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Silvia Abreu
29/02/2020 11:00 ‧ 29/02/2020 por Silvia Abreu

País

DGS

Numa conferência marcada de urgência pela Direção Geral da Saúde (DGS) este sábado, Graça Freitas tranquilizou os portugueses garantindo que neste momento "todos os casos suspeitos (de infeção) foram negativos para o novo coronavírus, que origina a doença Covid-19".

Referente aos rumores da existência de casos positivos em Portugal, a diretora-geral da Saúde refere que "até pode ser que sim, mas é o coronavírus sazonal", que origina as "vulgares viroses e constipações".

"Completamente diferente é um dia quando identificarmos um doente com o vírus novo, que origina a doença conhecida como o Covid-19", salienta, referindo que continuam a ser validados casos suspeitos e que "quando houver um caso positivo", algo que é esperado, "será comunicado de imediato".

Depois de ter divulgado a previsão de que um milhão de portugueses fosse infetado pelo Covid-19, Graça Freitas afastou este sábado a hipótese.

"Afasto completamente. Já vamos no quarto cenário e os dados são cada vez mais favoráveis e o grau de incerteza é cada vez menor", afirmou, explicando que a hipótese de um milhão de portugueses poder vir a ser infetado tinha na base uma taxa de ataque para a gripe A, de 2009.

"Cenários servem apenas, e só, para programarmos serviços. Esses cenários são afinados em função da informação que vamos tendo. A prova dos nove, como costumo dizer, só sabemos na verdadeira epidemia", salienta, recordando que na altura em que surgiu a Gripe A, também se previu um cenário de 10%, sendo que apenas 7% aconteceu.

Questionada sobre a previsão para a pior semana deste vírus, Graça Freitas refere que não existe ainda esse conhecimento.

"Se se vier a tornar epidémico noutros países temos de ver como se comporta numa fase inicial. Temos de esperar por casos noutros países, para ver o que aconteceu, e depois pelos primeiros casos no nosso país. Aí já não estaremos a falar em cenários, já estaremos a falar em dados reais e a perceber a dinâmica da doença", explica a diretora-geral da saúde.

Sobre a justificação para faltas de trabalho para os trabalhadores que possam vir a estar infetados, Graça Freitas garante que o Secretário de Estado da Saúde e da Administração Pública têm estado reunidos para, dentro do quadro legal português, resolver a situação.

"As pessoas não serão nunca prejudicadas nos seus direitos. O Estado cuida dos seus", remata, garantindo toda a proteção a quem necessitar de ficar em isolamento profilático voluntário.

 

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