A Polícia Judiciária (PJ) crê ter indícios de corrupção desportiva contra o Benfica, no 'caso dos vouchers', avançou a TVI24 na noite deste domingo. As ofertas - traduzidas em refeições - terão chegado aos 500 e 600 euros num restaurante no Terreiro do Paço, em Lisboa, tendo também pessoas próximas dos árbitros beneficiado destas.
De recordar que este caso foi divulgado pelo Sporting e que UEFA, Liga de Clubes e Federação Portuguesa de Futebol (FPF) já tinham arquivado este processo, dando razão aos 'encarnados'.
A UEFA define como "hospitalidade" as ofertas que se encontrem em valores entre os 200 e os 300 euros.
O Benfica reagiu em comunicado publicado no seu site a estas informações reveladas pela TVI mesmo antes de a reportagem ter ido para o ar.
Na tarde deste domingo, as 'águias' escreveram: "A respeito de uma peça divulgada na TVI ('Benfica e Arbitragem'), promovendo o jornal de domingo às 20h00, o SL Benfica torna público que não foi notificado de nenhuma 'conclusão do Ministério Público' relativamente a qualquer inquérito judicial que esteja em curso".
Aliás, prosseguem, "não deixa de ser curioso e significativo o timing desta peça. Aquele inquérito está, como é sabido, sujeito a segredo de justiça, pelo que o SL Benfica reservará qualquer atuação para o momento e local próprios".
O Benfica "relembra" ainda que no designado caso dos vouchers, "a que parece aludir a TVI, todas as decisões processuais de instâncias nacionais e internacionais até agora conhecidas concluíram pelo arquivamento do processo".
'Caso dos vouchers' remete a outubro de 2015
Recorde-se que tudo começou quando Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, denunciou, no programa 'Prolongamento' da TVI24, a existência de um voucher, que era composto por um kit que incluía uma camisola de Eusébio e refeições para quatro pessoas num restaurante.
À altura dos factos, o líder leonino questionou a intenção dos encarnados, tendo apresentado posteriormente queixa formal.
O caso chegou ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, à Comissão de Instrução e Inquérios da Liga e à UEFA, acabando por ser tomada a decisão de que os vouchers em causa não constituíam de corrupção tendo os encarnados sido absolvidos.