"Como viram, hoje não houve beijos!", disse o chefe de Estado aos jornalistas, à margem de um encontro no Palácio de Belém com centenas de jovens. O distanciamento social, afirmou, "já foi maior do que é habitual", à exceção das fotografias de grupo.
"Neste momento, não vejo razão para parar estes encontros. Teremos logo à tarde mais um encontro, e para a semana, e a seguir", sublinhou, assegurando que quando e se houver razão para isso, "então pára-se". "Para isso, parar-se-iam sessões de cinema e as de teatros, muitos espetáculos públicos", exemplificou.
Além dos encontros por cá, o Presidente terá um encontro com centenas de empresários italianos, espanhóis e portugueses, em Espanha, ao qual não pode "deixar de ir". "Em princípio mantém-se, apesar de ir uma delegação italiana por vontade expressa dos chefes de Estado desses países", acrescentou.
Por cá, lembrou Marcelo, "neste momento, apesar das precauções, ainda não se atingiu um ponto - e espero que não se atinja - em que haja que parar encontros de 200, 300, 400 pessoas, como há em espetáculos públicos, em recintos fechados".
Marcelo reforça imunidades.... todos os anos
Questionado sobre a postura comportamental que mantém, sem colocar em prática o dito distanciamento social que António Costa tem pedido aos portugueses, Marcelo disse que ainda não viu razão para alterar, até agora, o essencial do seu comportamento.
"Ontem no SISAB, de facto, mantive essa minha posição tradicional. Hoje aqui com os jovens, já eles foram mais parcimoniosos. Mas não vi razão para alterar, até agora, o essencial do comportamento", confessou, deixando no ar uma crítica.
"Com bom senso, com alguma precaução. Até por uma razão simples, não se pode dizer que não há alarmismo e, ao mesmo tempo, multiplicar as prevenções e indicações de tal maneira que causa alarmismo. O equilíbrio passa também pelo bom senso naquilo que se pede às pessoas, para que aquilo que se pede não cause, sem querer, alarmismo".
A nível pessoal, o Presidente está a tomar precauções extra por causa do Covid-19? "Não. Tenho uma vida que é muito ar livre, muito sol, muita vitamina D. Também sou atento à vitamina C e à vitamina B. São aparentemente as mais importantes, aumentando as imunidades", revelou Marcelo, explicando que estes cuidados são tidos em conta todos os anos, durante o inverno.
"Mas isso faço em relação ao coronavírus anterior, este é o 19. Todos os anos há um coronavírus ou outro tipo de vírus, tomo essas precuações naturalmente. Aumentar as imunidades no inverno até à chegada da primavera", disse, rematando que o faz sem ter de recorrer à farmácia.