"Portugueses merecem uma palavra pela forma madura como estão a reagir"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enalteceu a forma "madura, tranquila e serena" como os portugueses estão a reagir ao coronavírus e elogiou os profissionais de saúde envolvidos no combate a este surto.
© Global Imagens
País Covid-19
"Os portugueses merecem uma palavra pela forma muito madura como estão a reagir. Muito madura. Muito serena, muito tranquila e muito madura. Os profissionais de saúde, encontrei, quer em Lisboa, quer no Porto, muitos, vários, os que estão envolvidos nisto são especialistas em doenças infecciosas e alguns deles, além disso, são ainda intensivistas, isto é, podem recorrer à sua experiência para situações críticas, que não tem acontecido até agora", afirmou o Presidente da República à chegada ao Teatro Nacional São João (TNSJ), no Porto, para a comemoração do centenário deste espaço cultural.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, os profissionais de saúde "têm respondido de uma forma espetacular: o pessoal médico, o pessoal de enfermagem, o pessoal auxiliar, o pessoal técnico", acrescentando que "todo ele tem respondido com trabalho brutal, com uma sobrecarga constante, mas com uma qualidade e capacidade de doação sem limite".
A terceira ideia que o Presidente quis transmitir aos jornalistas é que a atuação do Governo será em função do que vier a ser necessário implementar.
"À medida que seja necessário e na proporção do que seja necessário, o Governo tomará as medidas que deve tomar para conter [o surto], porque as próximas semanas, para não dizer os próximos dias ou as próximas horas, as próximas semanas são em todos ao países, nomeadamente na Europa, muito importantes para garantir que se atinge o pico e se começa a descer do pico máximo do surto, tanto quanto se pode prever isso. E isso implica, naturalmente, medidas de contenção", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Governo anunciou hoje o encerramento de algumas escolas e instituições devido ao surto de coronavírus, tendo suspendido visitas a hospitais, lares e estabelecimentos prisionais no Norte do país.
A ministra da Saúde, Marta Temido, recomendou também o adiamento de eventos sociais. A duração do encerramento vai ser avaliada "caso a caso", informou.
Entre os estabelecimentos de ensino a encerrar encontram-se a Escola Básica e Secundária de Idães, em Felgueiras, a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, também da Universidade do Porto, e o edifício do curso de História da Universidade do Minho.
O número de casos confirmados do novo coronavírus em Portugal subiu hoje para 21. Os três novos casos surgiram no Porto. No total há 16 pacientes no infetados no Porto e cinco em Lisboa.
A região Norte é a que regista mais casos confirmados de infeção, com 15, seguindo-se a Grande Lisboa, com cinco, e um no Centro do país.
As autoridades de saúde têm 412 pessoas em vigilância por contactos com infetados.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que reduziu "uma parte da agenda" a nível nacional por causa do surto de Covid-19, visitou hoje o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, onde se "inteirou do estado de saúde dos doentes internados com Covid-19", divulgou a Presidência.
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