UBI pede a alunos de Lousada e de Felgueiras para não irem às aulas

A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, distrito de Castelo Branco, pediu hoje aos alunos de Lousada e de Felgueiras para não se deslocarem àquela instituição, se tiverem estado nas suas zonas de origem, para evitar eventual propagação de Covid-19.

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© Reprodução Universidade da Beira Interior

Lusa
09/03/2020 12:02 ‧ 09/03/2020 por Lusa

País

Covid-19

 

"Numa altura em que os casos de infeção [Covid-19] na zona norte do país estão a aumentar, a UBI apela a que os estudantes residentes nos concelhos de Lousada e Felgueiras não se desloquem à universidade, se tiverem estado nas suas zonas de origem nas últimas semanas", é referido.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a informação acrescenta que "na eventualidade de ser necessário aplicar medidas de quarentena ou tratamento a alunos, estes poderão ter acesso aos exames de época especial ou à possibilidade de assistirem às aulas a partir de casa".

Apontando que continua a não haver casos de infetados com Covid- 19 na UBI, a instituição também informa que implementou um plano de contingência para lidar com potenciais casos de infeção.

Segundo o referido, o plano articula todas as faculdades da UBI e define os procedimentos a ter em conta por alunos, docentes, investigadores e colaboradores, em caso de suspeita.

"O documento indica as pessoas a quem se devem dirigir, os locais e as condições dos espaços para onde serão encaminhados os potencialmente infetados. Estão definidas 12 salas em todas as faculdades e serviços da UBI, para servir de apoio a quem necessitar de isolamento", detalha.

Pedindo um "cuidado redobrado às pessoas que estiveram em regiões ou países com as maiores taxas de incidência", a UBI acrescenta que "estão a ser canceladas algumas iniciativas que estavam agendadas para as instalações da universidade", com o objetivo de reduzir os riscos.

A epidemia de Covid- 19 foi detetada em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.

Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 366 mortos e mais de 7.300 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

Para tentar travar a epidemia, o Governo de Roma colocou cerca de 16 milhões de pessoas em quarentena no norte do país, afetando cidades como Milão, Veneza ou Parma. 

Portugal regista 31 casos confirmados de infeção.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário no Norte, bem como na Amadora e em Portimão.

Em Felgueiras e Lousada, foram encerrados ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas, além de todas as escolas.

Os residentes naqueles dois concelhos do distrito do Porto foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias. 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou no domingo um período de isolamento de duas semanas em casa, depois de ter estado com alunos de uma escola de Felgueiras onde foi detetado um caso de infeção.

Apesar de não ter sintomas da doença, Marcelo Rebelo de Sousa, 71 anos, vai fazer hoje um teste ao Covid-19. 

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