Segundo a PSP, durante uma ação de fiscalização foi verificado que o estabelecimento comercial conhecido como Antigo Centro Comercial de Queluz, no concelho de Sintra e distrito de Lisboa, "não tinha condições para a permanência de um elevado número de pessoas", comprometendo a segurança dos utentes que lá se encontravam, "pelo que houve necessidade de se proceder à evacuação controlada e encerramento preventivo".
"A permanência da atividade nas condições encontradas colocava em risco grave e iminente a segurança de pessoas e bens, pelo que a medida foi determinada como urgente e proporcional à gravidade da situação", referiu a PSP, numa nota.
As autoridades verificaram que o espaço comercial tinha "ocupação excessiva dos estabelecimentos comerciais, sem controlo do número de clientes", enquanto um elevado número de pessoas nos corredores interiores e na zona exterior consumia bebidas alcoólicas.
Era também notório o estado de embriaguez de muitos clientes, com comportamentos de risco e perturbação da ordem pública, acrescentou.
As autoridades detetaram também intenso "fumo de tabaco e odor a substâncias que tudo levava a crer serem produto estupefaciente no interior do edifício, em incumprimento da legislação em vigor".
Tanto no interior das galerias como no exterior do edifício estavam dezenas de garrafas de bebidas alcoólicas abandonadas no solo, inúmeras delas partidas, "representando perigo iminente para a integridade física dos frequentadores do interior do estabelecimento e via pública".
A PSP realçou também que o edifício não tinha sinalização de emergência, nem planos de evacuação visíveis, "em total incumprimento às normas de segurança Contra Incêndio em Edifícios (SCIE).
As condições de acessibilidade no estabelecimento comercial estavam "comprometidas, com obstrução dos corredores por clientes e mobiliário improvisado", assim como era inexistente o controlo e vigilância do espaço.
A Divisão Policial de Sintra da PSP apreendeu ainda droga no interior.
"Face à verificação de múltiplas infrações, com destaque para a ausência generalizada de condições de segurança, quer do ponto de vista estrutural, quer da gestão de risco associada à atividade ali exercida", o espaço foi encerrado preventivamente, tendo sido retirados todos os presentes (257 cidadãos), afirmou a PSP.
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