O Ministério da Defesa Nacional informou, em comunicado, que "atendendo às orientações das autoridades nacionais e internacionais de saúde e às medidas previstas no plano de contingência", e face "ao risco de contágio do novo coronavírus" foi "decidida a suspensão preventiva imediata do Dia da Defesa Nacional, pelo menos durante 14 dias".
O executivo acrescenta que após a data de 23 de março "será reavaliada a necessidade de prolongar a interrupção do Dia da Defesa Nacional" e que a realização de "outros eventos públicos [das Forças Armadas] com elevado número de participantes será sempre avaliada em função da evolução epidemológica".
Nas próximas duas semanas, o Dia da Defesa Nacional iria envolver, em várias datas, 6.714 jovens, "implicaria um elevado número de jovens e de equipas divulgadoras, em unidades militares dos três ramos das Forças Armadas", o que levou o executivo a adotar "esta medida preventiva de proteção, até ao dia 23 de março".
No total, iriam participar nesta atividade, mais de 6.700 jovens convocados pelos centros de divulgação do Porto, Vila Nova de Gaia, Braga, Almada (Alfeite), Lisboa e Funchal, e de várias freguesias dos concelhos de Valongo, Vila Nova de Gaia, Famalicão, Guimarães, Setúbal, Lisboa, Loures e, na Região Autónoma da Madeira, dos concelhos do Funchal e de Santa Cruz.
O Ministério da Defesa informou ainda que os pedidos de esclarecimentos podem ser feitos para um correio eletrónico criado para o efeito ([email protected]) ou através da linha telefónica do Balcão Único da Defesa (+351 213 804 200).
Portugal regista 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado no domingo.
Todos os infetados, 18 homens e 12 mulheres, estão hospitalizados.
A DGS comunicou também que 447 pessoas estão sob vigilância por contactos com infetados.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.
Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 366 mortos e mais de 7.300 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.