Numa nota, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) salientou que "compreende e apoia" a suspensão de todas as atividades letivas presenciais nas escolas e nas instituições de saúde associadas, "para minimizar a circulação em ambiente hospitalar e universitário", perante "a crescente necessidade de aplicar medidas de prevenção face à evolução da situação em Portugal da epidemia do coronavírus Covid-19".
Contudo, a ANEM exige "que a concretização da medida garanta a continuidade dos processos de formação e que seja salvaguardada a qualidade da formação médica em Portugal".
A associação realçou que a formação médica tem "especificidades", pelo que a suspensão das atividades presenciais letivas deve "ser acompanhada de medidas que garantam a continuidade dos processos de formação e aprendizagem", como "eventuais processos de ensino à distância".
A ANEM apela ainda que a suspensão das atividades presenciais letivas seja feita em articulação e coordenação entre a tutela, instituições de ensino, escolas médicas e associações de estudantes.
O comunicado surge depois de na segunda-feira várias academias terem comunicado a suspensão das aulas e/ou de eventos nas suas instalações.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.900 mortos.
Cerca de 113 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
A China registou segunda-feira mais uma queda no número de novos casos de infeção, 19, face a 40 no dia anterior, somando agora um total de 80.754 infetados e 3.136 mortos, na China Continental.
Portugal regista 39 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.