Adriano Maranhão recuperado e em Portugal, mas sob "vigilância ativa"

O primeiro português infetado pelo Covid-19 foi esta terça-feira recebido pelo secretário de Estado da Saúde e pela secretária de Estado das Comunidades à chegada ao Aeroporto de Lisboa.

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Silvia Abreu
10/03/2020 14:13 ‧ 10/03/2020 por Silvia Abreu

País

Covid-19

Adriano Maranhão, o primeiro paciente português infetado com Covid-19, e que estava a bordo do cruzeiro Diamond Princess, revela estar "feliz" por estar de regresso a Portugal.

"Não foi fácil mas conseguimos", referiu, em declarações aos jornalistas à chegada  esta terça-feira ao Aeroporto de Lisboa.

O português, que testou positivo num primeiro teste, feito ainda no navio, e dois negativos já no hospital, refere que na altura se sentiu "abandonado pela companhia", mas nunca pela "família ou pelo Governo português". 

Atualmente, sem vestígios do novo coronavírus, Adriano Maranhão esclarece que não foi submetido a qualquer tipo de tratamento. "Disseram-me que podia ter o vírus há mais tempo e ele já estar de saída. Foi a única resposta que me deram", recorda, sobre a explicação que lhe foi dada pelos médicos.

Português estará sob "vigilância ativa"

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, que esteve presente no aeroporto, refere que, à semelhança de Adriano Maranhão, todos os casos de portugueses infetados pelo mundo só poderão regressar ao país quando não testarem positivo para o novo coronavírus.

Para já, Adriano estará sobre "vigilância ativa", o que significa que será contactado com médicos para ver como vai evoluindo.

Apesar de o número de casos de infeção pelo Covid-19, em Portugal, continuar a aumentar, o governante referiu que o caso de Adriano é uma "mensagem de confiança a todos os portugueses".

"Esta mensagem de confiança é muito importante. É evidente que podem voltar a reinfetar, como qualquer um de nós. Isso não invalida que cada um de nós se responsabilize por aquilo que são as nossas atitudes comportamentais. Vamos seguir aquilo que são as indicações e diretrizes da DGS", concluiu.

Já a secretária de Estado das Comunidades referiu que existem mais casos de portugueses que estão a ser acompanhados, sendo que o caso mais preocupante é o de dez portugueses que estão a bordo do cruzeiro que está ao largo de São Francisco, onde "aparentemente, haverá positivos".

"Neste momento ainda não temos dados completamente fiáveis porque estão fazer os testes. Penso que entre hoje e amanhã devemos ter resultados mais concretos", assegura.

Neste momento, existem 41 casos de infeção por Covid-19 em português, sendo que o maior foco se regista no Norte do país.

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