Covid-19: "A maior parte pode e deve ser seguida no seu domicílio"

Secretário de Estado da Saúde sublinha, em conferência de imprensa, que o estado de emergência nacional deixa o país "mais alerta" sobre a evolução da pandemia de Covid-19. Diretora-geral de Saúde explicou que a maior parte dos casos de infeção por Covid-19 vai ser seguida pelos médicos em casa.

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Melissa Lopes
19/03/2020 12:17 ‧ 19/03/2020 por Melissa Lopes

País

Covid-19

António Sales começou a conferência de imprensa desta quinta-feira por lamentar os três óbitos registados no país devido à pandemia de Covid-19. O governante quis também sublinhar os três casos de recuperação, "nos continuam a alimentar a esperança". 

Assinalando que "estamos de facto em estado de emergência", o secretário de Estado da Saúde salientou que o país tem "as ferramentas para travar coletivamente esta pandemia". A declaração de estado de emergência "deixa-nos ainda mais alerta" (...) para cumprir as recomendações "sem pânico mas com responsabilidade". 

O secretário de Estado frisou que "os grupos de risco têm mesmo de ficar em casa". São eles: pessoas com mais de 70 anos e doentes crónicos, como seja diabéticos, hipertensos, insuficientes cardíacos e pacientes imunodeprimidos

Para estas pessoas, garantiu o secretário de Estado, haverá respostas da rede social. "Peço que confiem nesta rede", pediu, indicando que "os cuidados de saúde primários estão a reorganizar-se" e que, por exemplo, os médicos de família já estão a contactar doentes com consultas programadas e a orientar receitas e exames. Em todo o caso, reiterou, "os utentes devem privilegiar o contacto telefónico com os centros de saúde". 

"Continuamos a trabalhar e todas as frentes, melhorando a resposta em todos os níveis de cuidados de saúde", assegurou. 

Por sua vez, a diretora-geral de saúde quis "chamar a atenção"  para o facto de só 89 pessoas estarem internadas, o que corresponde a cerca de 15 % dos 785 infetados. Tal, reforçou, "a maior parte das pessoas pode e deve ser seguida no seu domicílio", sendo os doentes acompanhados pelos seus médicos de família, enfermeiros ou outros profissionais de saúde. Se o quadro clínico, por ventura, se agravar, os doentes serão encaminhados para o hospital. 

Graça Freitas explicou que a forma de atendimento aos doentes com Covid-19 vai mudar. "Muitos de nós vamos ter sintomas ligeiros a moderados". E nessa circunstância, "devemos ligar para a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e seremos seguidos no nosso domicílio, como já está a maioria", revelou, deixando uma "palavra de tranquilidade". 

Respondendo às questões dos jornalistas, a diretora-geral confirmou que foi feita uma autópsia a uma idosa de 94 anos, de Pombal, que testou positivo para Covid-19. 

A responsável assegurou ainda que a maior parte dos hospitais do país já está preparada para receber doentes infetados e indicou que hoje mesmo  vai sair uma norma, com base na evidência científica disponível à data, sobre o risco de contágio dos profissionais de saúde pela Covid-19. Sobre profissionais infetados, o secretário de Estado fez um apelo para que seja feito o registo no sistema de todas as situações. 

De recordar que há nesta fase 785 pessoas infetadas por Covid-19 e três vítimas mortais. 

 

 

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