Depois de se reunir esta manhã com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, para aferir as melhores respostas que pode apresentar aos cidadãos, o presidente, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, adiantou à Lusa que "ficou claro" que todos os cidadãos com prescrição validada pela ARS para teste ao novo coronavírus nos centros de Grijó e da Rua 14 de Outubro, em frente à PSP, fazem-no gratuitamente.
Já os testes com prescrição, mas sem referenciação e por iniciativa pessoal não são pagos pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), esclareceu.
O autarca recordou que estes dois centros visam "aliviar a pressão" sobre os hospitais.
Este esclarecimento de Eduardo Vítor Rodrigues à Lusa aconteceu depois da CDU/Vila Nova de Gaia ter revelado hoje, em comunicado, que um dos centros começou a operar sem qualquer acordo de parceria com a ARS Norte, estipulando um valor de 150 euros por teste.
"Veio, entretanto a saber-se, que o centro de testes gerido pela Unilabs [laboratório] estaria a cobrar 100 euros por teste, o que fez desistir muitos gaienses que ali se dirigiram, não sendo ainda claro se esse valor se aplicava a quem era portador de requisição do SNS ou que ali se deslocava por iniciativa própria, nem sendo sequer certo de que já esteja firmada alguma parceria com a ARS Norte", sublinhou o partido.
A Lusa tentou obter esclarecimentos da ARS Norte, mas sem sucesso até ao momento.
Desde sexta-feira que Vila Nova de Gaia tem dois centros de testes à Covid-19, um no centro do concelho e outro em Grijó, no parque de estacionamento do Espaço Mais Grijó.
"Esta medida está inserida num pacote mais amplo de apoios de caráter social e socioeconómico que a Câmara Municipal de Gaia está a implementar no sentido de apoiar os cidadãos, os mais vulneráveis e não só, e as empresas estabelecidas no concelho, para que, juntos, sejamos todos capazes de ultrapassar este momento difícil", referiu esta semana a autarquia, em comunicado.
Em Portugal, há 12 mortes e 1.280 infeções confirmadas.
O número de mortos duplicou hoje em relação a sexta-feira e registaram-se mais 260 casos no mesmo período.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.