CM de Seia associa-se a empresa local na produção de máscaras de proteção

A Câmara Municipal de Seia, no distrito da Guarda, vai associar-se a uma empresa de confeções, com sede no concelho, para produção de máscaras de proteção reutilizáveis "para utilização em contexto extra-hospitalar", foi hoje anunciado.

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Lusa
21/03/2020 20:53 ‧ 21/03/2020 por Lusa

País

Coronavírus

 

A empresa "está prestes a iniciar a produção de máscaras reutilizáveis para utilização em contexto extra-hospitalar" e a autarquia de Seia já decidiu "adquirir o primeiro lote de produção para setores de atividade que requerem um elevado grau de higienização", lê-se num comunicado hoje enviado à agência Lusa.

"A iniciativa visa suprir as necessidades em matéria de equipamentos de proteção individual, ainda mais essenciais num momento em que vivemos um problema de saúde pública sem precedentes", justifica a autarquia presidida por Carlos Filipe Camelo.

Segundo a nota, em reunião realizada na sexta-feira com os promotores, o município de Seia "ficou a conhecer o protótipo versátil e de baixo custo, composto por um elemento descartável, que atua como agente absorvente e filtrante, desenvolvido com sucesso pela empresa após um intenso período de testes".

A fonte refere ainda que os promotores, que "solicitaram, para já, o anonimato, disponibilizam o molde e estão a estabelecer uma rede de revenda não especulativa para fazer chegar o produto a todos quantos desejam".

A Câmara de Seia, entretanto, enviou nova nota de imprensa, na qual informa que "o empresário senense José Manuel Rogeira (de comércio por grosso e a retalho não especializado de produtos alimentares e não alimentares/bebidas e tabaco) manifestou disponibilidade para financiar, integralmente, a aquisição que o Município fará do primeiro lote de produção daqueles equipamentos de proteção individual".

"Para além da disponibilidade financeira, o empresário colocou ao dispor dos promotores recursos humanos e logísticos - mão-de-obra, transporte, aquisição de matérias-primas, entre outros -- no sentido de agilizar a produção tão breve quanto possível", lê-se na nota de imprensa.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 11.401 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se já por 164 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos em 47.021 casos.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são o Irão, com 1.556 mortes num total de 20.610 casos, a Espanha, com 1.236 mortes (24.926 casos), a França, com 450 mortes (12.612 casos), e os Estados Unidos, com 260 mortes (19.624 casos).

Em Portugal, há 12 mortes e 1.280 infeções confirmadas.

O número de mortos duplicou hoje em relação a sexta-feira e registaram-se mais 260 casos no mesmo período.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

 

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