As máscaras devem chegar às Misericórdias portuguesas em meados de abril, explicou o provedor, António José de Freitas, dado o tempo necessário para assegurar o fabrico e o transporte do material até Portugal.
"É muito e é pouco: muito em termos de quantidade, um milhão, (...), mas é pouco face às necessidades que as Misericórdias estão a atravessar", salientou.
"Que eu saiba alguns lares estão infetados, há uma grande escassez de material, de equipamento de proteção individual, enfim, a situação é dramática", acrescentou.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macau adiantou que está também a ser equacionado o envio para a UMP de "material médico, como é o caso de luvas ou gel desinfetante, que também há muita falta".
A Santa Casa da Misericórdia de Macau foi fundada em 1569 pelo bispo Belchior Carneiro e a sua história confunde-se com a do próprio território.
A instituição tem um orçamento superior a 70 milhões de patacas (8,2 milhões de euros), com uma despesa mensal em salários superior a três milhões de patacas (350 mil euros) e um subsídio governamental que "representa apenas cerca de 25%".
A obra social da Misericórdia em Macau abrange áreas como o apoio a deficientes, idosos e crianças e possui ainda uma loja social. A instituição presta apoio a quase 400 utentes, com os serviços a serem assegurados por mais de 180 trabalhadores.