Rodrigo Oliveira, daquela associação, disse à agência Lusa que a SOS Arganil aceita doações de empresas e diferentes instituições, bem como de "qualquer pessoa que queira dar esse material".
Segundo o mesmo dirigente, o material recolhido será depois entregue ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Instituto Português de Oncologia (IPO) e Hospital Pediátrico da mesma cidade.
De momento, "as carências expressam-se sobretudo no material de proteção individual", como máscaras, viseiras, batas impermeáveis ("que podem ser fatos de pintura"), luvas, toucas, botas de proteção de cano alto em plástico, álcool e desinfetante, refere aquela entidade em comunicado.
"É fundamental direcionar o nosso apoio aos profissionais de saúde que estão na frente de combate", acrescenta, frisando a importância de "unir esforços" com o objetivo de conter a propagação do novo coronavírus e tratar as pessoas infetadas.
Rodrigo Oliveira frisou que, no essencial, se trata de "material caro e que está a ser muito requisitado", apostando a associação na sua "rede contactos" para dar ao SNS a ajuda que for possível.
"Iniciamos também uma campanha para a produção de viseiras de proteção, construídas através de impressoras 3D. Já foram testadas e poderão ser plenamente usadas pelos profissionais de saúde", de acordo com a SOS Arganil, com sede neste concelho, na povoação de Secarias.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde.
Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.