"Esta será a medida mais justa e que permitirá aos jovens estudantes e às suas famílias o conforto e a certeza de que terão o tempo necessário para voltarem a ter aulas presenciais e, deste modo, recuperar o tempo perdido que lhes permita estarem preparados para encarar os exames nacionais no Ensino Secundário", refere esta estrutura autónoma do PSD, em comunicado.
Além do adiamento dos exames, a JSD pede "o ajustamento temporal necessário no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior de forma a salvaguardar que nenhum estudante seja prejudicado numa fase tão importante da sua vida".
A JSD recorda que, ainda antes da declaração do estado de emergência, que entrou em vigor na passada quinta-feira, uma das primeiras medidas de contenção do novo foi o encerramento dos estabelecimentos de ensino em 16 de março até, pelo menos, 13 de abril.
"Os estudantes deparam-se com a incerteza de quando voltarão a ter aulas presenciais, tendo alguns dos estabelecimentos de ensino procurado introduzir o ensino à distância e o recurso a materiais e exercícios para os alunos trabalharem nas suas casas", apontam.
No entanto, a JSD considera que tem existido "uma enorme dificuldade em garantir o acesso equitativo a meios tecnológicos e até à internet por parte dos estudantes".
"Se a escola se deve impor como verdadeiro elevador social, tudo deverá ser feito para que exista equidade entre todos os alunos. Este tempo leva-nos, no entanto, à conclusão de que, em Portugal, não é possível garantir essa mesma equidade entre escolas e estudantes", lamentam.
Por essa razão, a JSD defende que os exames nacionais - previstos para arrancar em 15 de junho - deveriam ser adiados para o mês de julho, permitindo que os alunos ainda pudessem ter atividade letiva no terceiro período.
"Estamos perante uma circunstância de desigualdade que pode ser atenuada com o adiamento dos exames nacionais", defende a ?jota', salientando que a JSD tem vindo a defender a urgência de uma reflexão sobre a "escola do futuro", agora ainda mais necessária.
Até agora, apenas foram adiados os prazos para os alunos dos ensinos básico e secundário se inscreverem nas provas finais e exames nacionais.
Na semana passada, o Júri Nacional de Exames (JNE), responsável pela gestão do processo de avaliação externa, informou que as escolas deverão disponibilizar boletins de inscrição que os alunos possam preencher em formato digital, deixando de ser necessária a inscrição presencial.
Na mesma nota, a tutela informa que o prazo de inscrição para as provas finais de ciclo e exames nacionais dos ensinos básico e secundário, que deveria terminar no dia 24 de março, é agora prolongado até dia 03 de abril, permitindo que os alunos tenham mais tempo para se inscrever.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Portugal tem 23 mortes associadas ao vírus da Covid-19 confirmadas, mais nove do que no domingo, e 2.060 pessoas infetadas, segundo o boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.