Em declarações à Lusa, o tenente-coronel António Mota, presidente da AOFA, afirmou que a associação recolheu, em apenas dois dias, 119 a inscrição de voluntários, totalizando, no final, 153 ofertas de militares já na reforma.
A AOFA lançou, em 16 de março, um apelo a oficiais na reforma para reforço imediato de efetivos devido à pandemia de covid-19.
Dias depois, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) fez um pedido idêntico, aceitando inscrições de voluntários de militares na reserva e na reforma e respetivos familiares, de civis e ex-militares que se identifiquem com a instituição e que ajudem no reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Nessa altura, a AOFA pediu a quem se tinha inscrito na associação que o voltasse a fazer na plataforma do EMGFA para o efeito, totalizando 153 voluntários, disse António Mota.
A maioria deles, cerca de 80, são oficiais com menos de 65 anos, não pertencendo ao grupo de risco, a partir dos 70 anos, acrescentou.
A associação enviou uma carta ao Ministério da Defesa Nacional alertando que alguns dos voluntários estão na faixa dos 70 anos.
António Mota elogiou a disponibilidades dos oficiais em "ajudar neste momento de emergência nacional", dando o exemplo de um deles que se ofereceu "nem que fosse para colar cartas".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde.
O país encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.