"Até agora não se colocou a necessidade de proceder a nenhuma requisição civil. A articulação tem estado a decorrer de uma forma harmoniosa. Se for necessário requerer à requisição civil, iremos recorrer à requisição civil", afirmou António Costa, em resposta a Catarina Martins, no debate quinzenal no parlamento.
Na abertura deste debate quinzenal, a coordenadora do BE perguntou ao primeiro-ministro se "esta não seria a altura de fazer requisição civil aos privados para garantir todos os meios, com a articulação e a hierarquia necessária, com a continuidade de cuidados e com o fornecimento de equipamentos que era necessário", argumentando que a resposta ao surto de covid-19 "pode ser para lá da capacidade instalada no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
"Sabendo nós que a pressão sobre o SNS é tanta, sabendo nós que essa requisição é provável, não é melhor fazê-la mais cedo do que mais tarde, porque quando o SNS estiver em rutura ou se estiver em rutura será muito mais difícil fazer a integração destes serviços?", questionou Catarina Martins.
O primeiro-ministro afastou para já essa medida, respondendo que tem estado a ser articulada com o setor privado, assim como com o setor social e com as Forças Armadas, "a capacidade integrada em função daquilo que são piores cenários de evolução" da covid-19, e que essa articulação tem decorrido "uma forma harmoniosa".