Num documento dirigido ao presidente da Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro (PSD), os deputados municipais Henrique Monteiro e José Carlos Breia Lopes referem que estão apreensivos com o evoluir da pandemia da covid-19 na população mais idosa e que, por isso, entendem "que é imperativa a adoção de medidas mitigadoras do impacto da doença nesta faixa etária" da população.
O CDS-PP lembra que apresentou, e a Assembleia Municipal aprovou, em 18 de dezembro de 2018, uma proposta para a criação de uma Rede de Cuidadores no Concelho da Guarda, "por a considerar uma urgência", mas, que, "neste momento, já é uma emergência".
No documento, é referido que o concelho da Guarda é um dos mais envelhecidos do país e a propagação da pandemia e o isolamento social "exigem medidas adicionais e urgentes de proteção à terceira idade, que garantam que a nenhum idoso faltem cuidados de saúde, alimentos, medicamentos, artigos de higiene ou outros bens essenciais, mas também o conforto e os afetos de que, afastados das suas famílias, se veem privados".
Os deputados consideram "imperioso que se crie uma rede capilar de solidariedade e apoio aos idosos mais desfavorecidos, que mobilize as autarquias, as instituições de solidariedade social, as forças de segurança, a proteção civil e o voluntariado".
O partido defende que se adotem várias medidas, como a criação de serviços e voluntariado, transportes e distribuição, apoios sociais e proximidade, proteção e prevenção da população idosa do concelho da Guarda.
Entre outras sugestões, os deputados municipais do CDS-PP propõem a identificação dos idosos mais vulneráveis que necessitem de apoio excecional, a criação ou manutenção de um serviço de transporte porta a porta que apoie as deslocações essenciais de pessoas idosas ou com mobilidade limitada, apoio na sensibilização dos mais resistentes a permanecer em casa, bem como a divulgação intensiva de informação sobre higiene e precauções a tomar para prevenir contágios.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.