"O transporte de trabalhadores deve ser feito de modo a evitar a sobrelotação, respeitando as regras de distanciamento entre as pessoas, que devem usar máscaras durante o transporte, quando aplicável. Todos, motorista e passageiros, devem higienizar as mãos antes e após do transporte", lê-se numa orientação técnica divulgada pela DGAV.
Caso um trabalhador manifeste sintomas durante o percurso ou já no trabalho, é necessário "isolar esse colaborador, contactar as autoridades de saúde e dar-lhe assistência".
Por outro lado, é recomendado que as viaturas de transporte sejam desinfetadas, pelo menos, uma vez por dia, e os volantes, manípulos, botões, chaves e puxadores internos e externos, várias vezes, sempre que necessário.
Conforme apontou a DGAV, a utilização de máquinas e utensílios agrícolas deve obedecer também às mesmas regras de higienização, sendo que devem ser preferidos materiais descartáveis.
As empresas ou explorações agrícolas devem ainda ter um plano de contingência e são obrigadas a disponibilizar sabão, desinfetante, toalhas descartáveis, assim como a indicar o modo correto para proceder à sua eliminação, como sacos de plástico ou contentores de lixo apropriados para o efeito.
Adicionalmente, é sugerida a separação entre trabalhadores temporários e quadros da empresa, de modo a evitar ajuntamentos.
"Não deve ser permitida a entrada de pessoas estranhas à exploração. As empresas deverão dispor de um termómetro desinfetado e desinfetável após cada utilização", sublinhou esta direção-geral.
Já os colaboradores agrícolas não devem apresentar-se ao trabalho caso apresentem sintomas como febre, tosse ou dores no corpo.
Durante as tarefas é recomendada a lavagem das mãos com frequência e a utilização de máscaras de trabalho ou viseiras e luvas descartáveis.
As batas ou vestuário de trabalho, por seu turno, se não puderem ser descartáveis têm que ser lavadas, pelo menos, a 60 graus.
De acordo com a mesma recomendação, os vegetais frescos, acabados de ser colhidos, devem ser enxaguados e secos antes de embalados e as raízes cortadas antes da lavagem.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
Dos infetados, 1.211 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 196 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.