Der Spiegel fala do bom "exemplo português" e compara-nos a Espanha

O meio de comunicação alemão acaba também por aplaudir o comportamento de Portugal em manter-se de braços abertos à imigração.

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Notícias Ao Minuto
11/04/2020 12:24 ‧ 11/04/2020 por Notícias Ao Minuto

País

Covid-19

A forma como Portugal está a lidar com a crise pandémica do novo coronavírus tem merecido vários elogios na imprensa internacional. Uma das últimas referências ao nosso país chega-nos da Alemanha, onde a revista alemã Der Spiegel questiona: "Como Lisboa geriu a crise do novo coronavírus".

"Existem várias teorias sobre por que o coronavírus causou muito menos sofrimento em Portugal do que na vizinha Espanha. O mais difícil de contestar é o seguinte: 'Temos Fátima. Os espanhóis não têm nada parecido'", pode ler-se logo no primeiro parágrafo do artigo da Der Spiegel.

Este meio de comunicação esteve à conversa com António de Sousa Mendes, cidadão português que trabalhou no consulado em Bordéus.

"Para mim isto é como um 'flashback' do ano de 1940, em que a Espanha estava dominada pelos fascistas e registaram-se um grande número de mortes em Espanha.  A única diferença é que agora eles estão em casa, naquele tempo esperavam pela morte em carroças. Portugal acabava por ser o santuário para muitos europeus que fugiam do exército alemão que se aproximava", referiu António de Sousa Mendes.

A Der Spiegel acaba depois por fazer a analogia desta história com o facto de Portugal se manter de braços abertos à imigração: "Conhecer esta história também ajuda a entender a decisão do governo português - único na Europa - a permitir o acesso ao Serviço Nacional de Saúde de todos os imigrantes e refugiados, cujos pedidos de asilo ainda não foram resolvidos".

A publicação conclui o seu artigo com uma equiparação a Espanha e a lição que Portugal aprendeu com o país vizinho: "Foi o medo de uma situação semelhante à de Espanha que levou Portugal a adoptar medidas preventivas desde o início. No início de março, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa foi o primeiro chefe de estado a entrar em quarentena voluntária. Felizmente, foi um alarme falso, mas serviu o seu propósito como um aviso para o que estava prestes a acontecer".

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