Capacidade instalada ainda não atingiu o máximo do seu potencial, diz DGS
A capacidade instalada ao nível hospitalar ainda não atingiu o máximo do seu potencial, o que reflete a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal, afirmou hoje a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
© Lusa
País Coronavírus
"Em relação à capacidade instalada e à ocupação, os dados que nós temos e que recolhemos diariamente indicam que de facto ainda não foi atingido o máximo do nosso potencial, o que também reflete a evolução da epidemia", afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa diária sobre a infeção Covid-19 em Portugal.
Segundo a diretora-geral da Saúde, Portugal tem tido um crescimento diário do número de casos confirmados que "não é muito acentuado".
"Não podemos ficar descansados nunca com estes números, mas de facto estamos num planalto e não houve ainda necessidade de expandir a capacidade instalada que tem sido até a data suficiente para dar resposta", declarou.
Graça Freitas afirmou que o Ministério da Saúde se mantém "muito atento a estes números" e que é preciso tentar voltar à normalidade, "mas sempre monitorizando o que é voltar à normalidade com a evolução da epidemia. Portanto há aqui sempre balanço que tem que ser feito".
Presente da conferência, a ministra da Saúde falou sobre a questão dos ventiladores, afirmando que, "neste momento, ainda não houve nenhuma situação que não tenha sido possível ser resolvida por articulação" entre os hospitais do Serviço Nacional de Saúde e pela Comissão de Resposta em Medicina Intensiva à covid-19.
"Houve situações de maior constrangimento no Hospital de Aveiro", mas "a situação na altura ficou ultrapassada com outros hospitais da rede SNS", sublinhou.
Marta Temido salientou que de "uma forma geral o número de doentes em cuidados intensivos está a decrescer".
"Registámos nas últimas 24 horas 40 saídas de cuidados intensivos maioritariamente para unidades de internamento geral", adiantou.
Há mais 10 pessoas internadas em unidade de internamento geral, sendo que a diferença se justifica sobretudo por altas para domicílio", explicou Marta Temido.
Para a ministra, estes números são "um sinal encorajador", mas disse que não podem "ficar completamente tranquilos" e que por isso o Estado continua a apostar na receção da encomenda de ventiladores já feita.
"Sabemos que esta doença vai permanecer connosco até um novo tratamento ou uma vacina e, portanto, a capacidade de reforço das nossas unidades cuidados intensivos é muito importante. E é tão mais importante quanto nós sabemos que precisamos de retomar a atividade programada de resposta a outras patologias", sublinhou.
Salientou ainda a importância de se conseguir estabilizar os equipamentos que são dedicados a uma e outra área de atividade e retomar a resposta à normalidade das doenças não covid, garantindo que "se alguma coisa se complicar há um ventilador disponível para todos".
"Isso será um passo no sentido que queremos realizar e vamos continuar esse esforço", frisou Marta Temido.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 535 mortos, mais 31 do que no domingo (+6,2%), e 16.934 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 349 (+2,1%).
Dos infetados, 1.187 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 277 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.
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