O 3.º período de aulas começa na terça-feira para mais de um milhão de alunos do ensino básico e secundário que regressam à escola através dos ecrãs de computadores, telemóveis e tablets.
Devido à pandemia da covid-19, o Governo mandou suspender as aulas presenciais desde 16 de março, dia em que o ensino se começou a fazer à distância tanto no ensino público como no privado.
Segundo o presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo, "durante a pausa letiva [das férias da Páscoa] foi possível rever estratégias e o 3.º período vai agora decorrer com muito mais eficiência".
Os alunos do 1.º ao 12.º ano "vão cumprir o horário completo" que está definido desde o início do ano letivo quando as aulas eram presenciais.
No entanto, há diferenças: algumas aulas serão por videoconferência, enquanto outras serão com trabalhos que os alunos têm de entregar a determinado momento.
"Não podemos ter os alunos durante muitas horas em frente a um computador", explicou Queiroz e Melo em declarações à Lusa.
"É preciso ocupar intelectual e emocionalmente os nossos alunos. Temos de manter um desenvolvimento mentalmente seguro", sublinhou o presidente da AEEP.
Para as crianças mais novas, das creches e pré-escolar, os colégios optaram por um modelo que permite manter as crianças ligadas "aos amigos e às educadoras", mas durante muito menos tempo e com menos tarefas.
"A ideia é que numa altura em que se fala muito em mortes e doenças, as crianças percebam que os seus colegas e educadoras estão todos bem, mantendo algum contacto" através das plataformas digitais, explicou o presidente da AEEP.
Quanto às mensalidades, Queiroz e Melo sublinhou que no ensino obrigatório os valores mantêm-se iguais mas existe uma preocupação e "cuidado com as famílias que sejam financeiramente afetadas pela pandemia".
Na terça-feira recomeçam as aulas dos alunos do 1.º ao 12.º ano de escolaridade, que representam a maioria dos mais de dois milhões de crianças e jovens que estão em casa desde 16 de março, dia decretado pelo Governo para encerrar todos os estabelecimentos de ensino desde creches a universidades e politécnicos.
Poucos dias depois, o Governo decretou o estado de emergência em resposta ao novo coronavirus, cujos primeiros casos confirmados foram registados em Portugal a 02 de março. O país encontra-se em estado de emergência até 17 de abril.
O novo coronavírus que já infetou quase 17 mil pessoas e provocou mais de 500 mortes em Portugal.