Manuel Magina da Silva falava aos jornalistas após uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que quis, disse o diretor nacional, fazer "um agradecimento muito sentido" aos polícias pelo trabalho desenvolvido durante o estado de emergência que o país vive.
Magina da Silva disse que os 130 profissionais infetados e os 290 em isolamento profilático não colocam em risco a capacidade operacional da polícia, acrescentando depois que a GNR está a ajudar a PSP na Madeira e em S.Miguel, nos Açores, e que se for necessário também os polícias darão apoio aos militares da GNR.
E depois, caso seja preciso, também podem pedir o reforço das Forças Armadas, o que está previsto num mecanismo assinado há algumas semanas. Se forem chamados "obviamente virão com o armamento que for necessário", disse, questionado pelos jornalistas se caso os militares fossem chamados a intervir viriam armados.
Pela parte da PSP, disse, continuarão a fazer tudo o que puderem para lutar contra a pandemia, e os 20 mil polícias estão conscientes dos "tempos difíceis" e dispostos a trabalhar "24 horas por dia".
Também na resposta aos jornalistas Manuel Magina da Silva disse que na época da Páscoa não houve "grandes problemas" e que os cidadãos de maneira geral cumpriram as ordens de confinamento.
Quanto ao equipamento de proteção individual Magina da Silva disse que neste momento já todos os polícias têm uma viseira de policarbonato, ainda que máscaras e luvas apenas estejam a ser destinadas a polícias que trabalham em locais ou em situações de risco. Mas a viseira, disse "dá uma proteção perfeita".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Portugal está em estado de emergência desde o dia 19 de março e até 17 de abril devido à pandemia de covid-19.
Segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos associados à covid-19, e 17.448 casos de infeção confirmados no país.