Bebé que testou positivo aos 28 dias vai ter alta do hospital de Gaia
A bebé que testou positiva para Covid-19 aos 28 dias e estava internada no Hospital de Gaia já fez o segundo teste com resultado negativo e vai ter alta hoje, disse à Lusa fonte oficial daquela unidade de saúde.
© Lusa
País Coronavírus
A criança nasceu no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE), mas encontrava-se em casa, tendo entrado no hospital a 9 de março, no serviço de urgência, com sintomas de febre, altura em que realizou o teste covid-19 que deu positivo.
A bebé testou positivo para a infeção pelo novo coronavírus com 28 dias de vida, mas vai ter alta hoje, adiantou fonte do CHVNGE.
A Lusa divulgou na quinta-feira que o CHVNGE tinha, numa das duas unidades criadas para receber casos suspeitos e tratar bebés com covid-19, um recém-nascido que, com 28 dias, testou positivo, encontrando-se bem.
Na ocasião António Vinhas, médico daquela unidade, explicou que, para minimizar o risco de contaminação, o CHVNGE criou uma área no serviço de neonatologia reservada a casos positivos, com quatro incubadoras, e outra área "tampão" no serviço de pediatria, onde todos os casos suspeitos são testados e, se derem positivo, ficam internados.
Era numa das quatro incubadoras que estava a bebé.
Para salvaguardar o risco de contágio entre mães e bebés, a unidade hospitalar estava também a testar para a covid-19 todas as grávidas antes do parto e apenas as do serviço de pediatria pernoitam no hospital, acrescentou António Vinhas.
"As mães da pediatria ficam junto dos bebés, mas ao nível da unidade de neonatologia não achámos que fosse benéfico para as mães passarem lá 24 horas sentadas num cadeirão. Não seria lógico", disse.
Nesse sentido, as mães dos recém-nascidos internados na unidade de neonatologia vão poder ficar numa unidade hoteleira próxima do hospital.
Com as refeições e transporte assegurados pela autarquia e o hospital, apenas às mães é permitida a entrada na unidade, sendo que, os pais, que podiam visitar uma vez por semana as crianças, agora, "só por videochamada".
Segundo António Vinhas, só os bebés prematuros que realmente precisam de "cuidados médicos e de enfermagem" é que se encontram na unidade, sendo, neste momento, 10. Os restantes são monitorizados diariamente pelos profissionais que estão em teletrabalho.
"Os pais têm o nosso contacto telefónico. Qualquer dúvida, sabem que nos podem ligar", assegurou.
À Lusa, o médico adiantou ainda que o hospital continua a assegurar "dois períodos de consulta" semanal para o atendimento de recém-nascidos e que, na próxima semana, "em princípio" passarão a assegurar "três períodos de consulta".
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