"Desde que foi decretado o primeiro estado de emergência em Portugal, em 18 de março, os indicadores económicos e sociais do país estão a sofrer mudanças muito rápidas. Neste contexto, a necessidade de informação o mais atualizada possível nunca foi tão sentida", destacou em comunicado a Pordata.
A entidade assinalou a sua experiência de 10 anos na disponibilização de dados estatísticos anuais, num portal único, sobre as mais diversas áreas da sociedade e provenientes de múltiplas entidades de natureza oficial, para o lançamento do novo projeto.
"Algumas das entidades produtoras de informação estatística, designadamente, o INE, o Banco de Portugal e o IEFP, divulgam dados de importância crucial para a monitorização dos efeitos da crise pandémica com uma frequência trimestral, mensal, ou até mais curta", indica a Pordata, adiantando que na nova área irá divulgar dados a partir de março à medida que vão sendo disponibilizados pelas fontes oficiais.
O objetivo é "facilitar o acesso à informação estatística", sublinhou a Pordata, referindo que a nova área do portal vai permitir, sempre que possível, "uma comparação dos indicadores com outros períodos temporais e com os restantes países da União Europeia".
A Pordata, que colabora com cerca de 60 organismos oficiais responsáveis pela produção de dados, pretende que este portal contribua "ativamente para a disponibilização de informação útil à sociedade, a um ritmo que dê resposta às necessidades atuais".
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 184 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 700 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.