"Trata-se de um doente com uma comorbilidade, ou seja, com uma doença de base que exige cuidados adicionais de saúde no contexto hospitalar. Este doente encontra-se estável", esclareceu a vice-presidente do Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE), Bruna Gouveia, em videoconferência, no Funchal.
Os restantes doentes mantêm "sintomas ligeiros" e permanecem em isolamento: 11 no domicílio e 31 numa unidade hoteleira.
"Neste momento, temos 70 casos a aguardar resultados de testes laboratoriais", indicou Bruna Gouveia.
Em relação à cadeia de transmissão identificada na freguesia de Câmara de Lobos, onde foi instalada uma cerca sanitária, a responsável do IASAÚDE esclareceu que o número de casos positivos associados é de 31, sete dos quais importados, na sequência de viagens às regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do norte do país, e 24 de transmissão local.
As autoridades regionais de saúde já realizaram 503 testes a pessoas relacionadas com esta cadeia, identificada desde o dia 17 de abril, incluindo profissionais de saúde que contactaram e os 105 utentes e colaboradores do lar de idosos junto ao complexo habitacional Nova Cidade, onde surgiu o foco de contaminação.
Neste bairro, situado perto do centro de Câmara de Lobos, residem cerca de 600 pessoas, que estão também a ser testadas, não havendo para já registo de mais casos positivos, situação que motivará o levantamento da cerca sanitária, em vigor por um período de 15 dias, até 03 de maio.
"Não nos parece que seja necessário continuar com esta cerca sanitária", afirmou o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, sublinhando, no entanto, que "a covid-19 ainda não está erradicada" da Região Autónoma da Madeira.
O executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, agendou para quinta-feira uma conferência de imprensa para anunciar novas medidas de retoma das atividades económicas, depois da reabertura da indústria extrativa, transformadora, construção civil e conexas em 20 de abril.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 890 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.