1.º Maio: Regras foram definidas com base na "melhor evidência"

O secretário de Estado da Saúde defendeu hoje que as regras sanitárias aplicadas nas comemorações do 1.º de Maio, em Lisboa, foram definidas pelas autoridades de saúde com base na "melhor evidência a cada momento".

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Lusa
04/05/2020 15:16 ‧ 04/05/2020 por Lusa

País

Covid-19

 

"É às autoridades sanitárias que cabe a definição das regras sanitárias, de acordo com a melhor evidência e em cada momento", disse António Sales durante a conferência de imprensa de atualização diária de informação sobre a pandemia da covid-19, referindo-se à concentração organizada pela CGTP na sexta-feira em Lisboa.

O Presidente da República reconheceu hoje que tinha uma ideia "mais simbólica" para se assinalar o 1.º de Maio quando abriu a porta à comemoração da data na última renovação do estado de emergência, referindo que não previa algo "desta dimensão e deste número".

Questionado sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, o secretário de Estado disse apenas que a definição das regras sanitárias para a realização das celebrações da data coube às autoridades de saúde, que o fizeram "de acordo com aquilo que é, de facto, a melhor evidência a cada momento".  

No sábado, a ministra da Saúde também tinha sido questionada sobre o tema, defendendo que o decreto presidencial do estado de emergência o permitiu e que foi feito um "evento bastante diferente" do formato habitual, com as pessoas distantes, muitas de máscara e menos tempo do que habitual.

Em entrevista por telefone à Rádio Montanha, da ilha do Pico, o Presidente da República afirmou que a "interpretação das autoridades sanitárias foi mais extensa, ampla e vasta" da que o chefe de Estado tinha idealizado no seu "espírito", declarando entender as críticas à dimensão e características do assinalar da data em Lisboa.

As comemorações da CGTP do Dia do Trabalhador juntaram, na sexta-feira, cerca de mil manifestantes, de máscara e a manter a distância de segurança, na Alameda D. Afonso Henriques, num dia em que ainda vigorava o estado de emergência, que terminou no sábado.

No domingo, o país entrou em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março, devido à pandemia da covid-19, que já provocou 1.063 mortos e infetou 25.524 pessoas em Portugal.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

 

 

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