Oito detidos e 42 pessoas multadas por não usarem máscara nos transportes

Os números relativos aos primeiros dias da situação de calamidade no país acabam de ser anunciados pelo ministro da Administração Interna.

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Ana Lemos
08/05/2020 18:32 ‧ 08/05/2020 por Ana Lemos

País

MAI

Num balanço aos "primeiros dias de situação de calamidade", feito esta tarde de sexta-feira, o ministro Eduardo Cabrita informou que foram "encerrados 177 estabelecimentos, que violaram regras sobre a permissão de abertura", porque "tinham mais de 200 metros quadrados ou estavam em conjuntos ou centros comerciais em que não era permitida a sua abertura", e foram "igualmente suspensos 38 estabelecimentos que violam regras em regime de entrega para fora - take away".

No que diz respeito ao uso de máscaras ou viseira, que se tornou obrigatório a partir de dia 2 nos transportes públicos e locais fechados, o ministro revelou que o "número [de incumprimentos] foi particularmente limitado", havendo "apenas 42 situações de incumprimento pelo uso de máscara" e às quais foi aplicada a respetiva coima de 120 euros e "830 situações de incumprimento de uso de máscara em outros espaços fechados - como espaço comerciais, locais de atendimento ou serviços públicos".

O governante acrescentou que foram detidas oito pessoas, quatro das quais por violação do confinamento obrigatório e outras quatro por resistência à aplicação das regras que foram estabelecidas.

Mas, reforçou Eduardo Cabrita, com a aproximação do fim de semana, "a recomendação a todos os portugueses é que mantenham uma limitação da sua circulação". Apesar de já não estarmos um quadro de Estado de Emergência, e de "as ações de verificação da circulação" terem agora "uma natureza distinta por parte das forças de segurança", mantém-se o "dever cívico de recolhimento".

A ação das forças de segurança, explicou, não estará tão "focada na circulação mas em situações que levem a ajuntamentos de dimensão superior ao que está admitido legalmente". Neste sentido, no fim de semana, a circulação estará limitada "às atividades absolutamente essenciais".

E para garantir que tudo decorrerá sem incidentes, e "em articulação com as autarquias locais, não deixarão de ser encerrados acessos a zonas marginais, zonas próximas de áreas de lazer, sempre que tal seja necessário para garantir as regras de limitação da frequência desses locais", assegurou o ministro.

Eduardo Cabrita revelou também que os testes aos trabalhadores dos lares e de outras estruturas de apoio residencial estão concluídos no Norte e Algarve e, na próxima semana, vão estar finalizados nas regiões do Centro e Lisboa e Vale do Tejo.

"Trata-se de um processo que envolveu dezenas de milhares de testes e está na sua fase final", disse, sublinhando que também já se iniciou a realização de teste aos trabalhadores das creches.

O ministro disse ainda que até à próxima semana vão ser realizados testes de diagnóstico à Covid-19 aos profissionais das creches com o objetivo de preparar o regresso à atividade, a 18 de maio.

Coordenada pelo ministro da Administração Interna, a estrutura de monitorização da situação de calamidade integra representantes das forças e serviços de segurança e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, bem como os secretários de Estado das áreas governativas da Economia, dos Negócios Estrangeiros, da Presidência do Conselho de Ministros, da Defesa Nacional, da Justiça, da Administração Pública, da Educação, da Segurança Social, da Saúde, do Ambiente, das Infraestruturas e Habitação e da Agricultura.

[Notícia atualizada às 19h10]

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