A conferência de imprensa diária de atualização da informação relativa à infeção pelo novo coronavírus no país arrancou pouco depois de ter sido divulgado o boletim epidemiológico desta sexta-feira, que deu conta de mais seis mortes e 264 infetados nas últimas 24 horas.
Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, começou por anunciar que já foram realizados 600 mil testes de despistagem à Covid-19 no país e que "o desconfinamento não significou uma desaceleração na contagem".
Segundo o governante, 13 de maio foi o dia em que foram "realizados mais testes" no país, designadamente, 17.500.
Confrontado pelos jornalistas sobre se considera imprudente avançar para uma segunda fase de desconfinamento sem uma avaliação científica da primeira, Lacerda Sales referiu que ainda não é altura para fazer um balanço específico pois está a ser realizada uma "monitorização permanente do surto”, acompanhando "de forma permanente o impacto das medidas”.
Criança em Portugal com síndrome semelhante à de Kawasaki "já teve alta"
A propósito do caso noticiado hoje de uma criança, de nove anos, que morreu em França com síndrome semelhante à de Kawasaki (uma patologia que parece estar associada à Covid-19), Graça Freitas referiu que, como já foi avançado, houve um caso de uma criança em Portugal "que foi reportado internacionalmente" e que, “felizmente, foi uma criança que evoluiu bem” e que "já teve alta”.
"Estamos atentos nos serviços de pediatria, estamos prontos não só para diagnosticar como para tratar", sublinhou a diretora-geral da Saúde, acrescentando que o caso desta criança já se encontra integrado num boletim internacional que está a monitorizar estas situações do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças.
Ainda questionada sobre o uso da hidroxicloroquina - um fármaco aplicado na prevenção e tratamento de malária que está a ser utilizado como um medicamento no tratamento do novo vírus - Graça Freitas afirmou que este medicamento "deve ser usado de acordo com os seus riscos e benefícios", sendo a decisão de o tomar uma "decisão médica". Segundo o Infarmed, “não foram reportadas situações adversas em Portugal no âmbito da fármaco-vigilância”, acrescentou a responsável.
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