O "guia operacional de higienização covid-19", a que agência Lusa teve acesso, integra um conjunto de recomendações com "práticas de prevenção e mitigação" da covid-19 e vai ser distribuído pelas entidades do Sistema de Gestão Integrado de Fogos Rurais (SGIFR) para minimizarem os impactos nas suas atividades.
Segundo a AGIF, este guia pretende contribuir para reduzir as condições de transmissão comunitária nas equipas operacionais de prevenção, vigilância e supressão de incêndios rurais e mitigar impactos, além de contribuir para procedimentos de manutenção de equipamentos e instalações.
Entre as recomendações está a forma como todos aqueles que estão na linha da frente do combate aos fogos devem utilizar o equipamento de proteção individual, que deve ser vestido em local destinado para o efeito e com capacidade para o lavar e desinfetar.
Os operacionais também devem garantir a desinfeção do material de trabalho sempre que acabem de o usar e que não misturam peças de equipamento ou uniforme com as dos colegas.
Os operacionais devem usar máscara sempre que seja necessário trabalhar em equipa com dois ou mais elementos e em espaços reduzidos, como o posto de comando operacional, sendo também aconselhado o distanciamento físico.
A AGIF desaconselha igualmente o ajuntamento de pessoal dentro e fora das instalações e que os operacionais evitem as formaturas, além de dar um conjunto de recomendações para a desinfeção de quartéis, bases de apoio logístico, centro de meios aéreos e centros de coordenação operacional e para uso dos veículos de combate.
De acordo com a AGIF, o guia segue as recomendações das autoridades de saúde portuguesa e internacionais e tem como finalidade a adoção de "princípios e regras comuns para preparar uma resposta estratégica adequada ao ajuste operacional, à melhor gestão das equipas e à partilha de linhas orientadoras que minimizem o impacto operacional".
Para o presidente da AGIF, Tiago Oliveira, estas recomendações partilhadas por todas as entidades que participam na prevenção e supressão, pretendem reduzir a exposição à covid-19 e minimizar "impactos na operação".
As recomendações fazem parte de um programa de mitigação dos efeitos da covid-19 no sistema de proteção das pessoas e da floresta contra incêndios rurais, que está a ser construído entre todas as entidades públicas que coordenam operacionalmente as atividades de prevenção, vigilância e supressão.
Os meios de combate aos incêndios florestais foram reforçados a partir de hoje, num ano em que o grande desafio é a pandemia de covid-19, sendo necessário conciliar a resposta aos fogos com a segurança sanitária.