O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu o exemplo, esta segunda-feira, 18 de maio, Dia Internacional dos Museus e em que se inicia a segunda fase de desconfinamento, ao visitar a Torre de Belém, em Lisboa, que hoje reabriu ao público, depois de ter estado fechada durante cerca de dois meses.
Durante a sua intervenção no final da visita, o chefe de Estado apelou aos portugueses para, este ano, fazerem turismo em Portugal e fez um paralelismo entre o combate à Covid-19 e uma "maratona", recuperando, aliás, uma afirmação do primeiro-ministro.
"Convido os portugueses a fazerem aquilo que muitos não fazem, conhecer o património do nosso país, que os estrangeiros visitam e que os portugueses muitas vezes não fazem. Fiquem em Portugal e programem as vossas férias em Portugal. Aproveitem para fazer turismo em Portugal, a começar pela Torre de Belém, um dos grandes monumentos da nossa pátria. O nosso património cultural é riquíssimo. Compreendo os portugueses que ainda têm algum receio, mas com cuidado, cautela e proteção, devem sair e devem vir. Têm aqui uma oportunidade única para fazerem visitas que nunca fizeram ou que já não fazem há muito tempo", apelou o Presidente Marcelo.
Ainda assim, lembrou, "estamos a correr uma maratona, que só deverá terminar em 2022". "A primeira parte da maratona é a de saúde, a segunda parte é económica e social. Na primeira (...), ganhámos os primeiros cinco quilómetros. [E] correram bem. Agora estamos nos segundos cinco quilómetros, [e] as informações que tenho até agora das escolas são boas, os pais, os alunos e os professors perceberam o que tinham de fazer", comentou, lembrando que é "com pequenos passos e com todas as cautelas" que os portugueses devem começar a ir "entrando aos poucos numa maior normalidade da vida social".
"Agora estamos nos segundos 5 quilómetros. Daqui até junho e depois, de forma mais aberta, de junho até julho. Depois teremos mais cinco, no outono e no inverno, com a possibilidade de haver um segundo surto" (Presidente Marcelo)Antes de passar a palavra aos jornalistas, o Presidente da República, relembrou que "Portugal é dos primeiros países da Europa a abrir, com muito cuidado", porque é "aos poucos os portugueses têm de sentir confiança nos passos que dão" e porque "é preciso que Portugal dê o exemplo".
Já sobre a sua recandidatura, depois de António Costa ter demonstrado apoio a semana passada e o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, ter dito hoje, que se as eleições fosse agora, votaria em Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República escusou-se a comentar.
"Essa é uma questão que não me preocupa, nem preocupa os portugueses. Uma coisa é a bolha mediática, outra é a preocupação dos portugueses e, neste momento, os portugueses estão preocupados é com o desconfinamento, a possbilidade de uma segunda vaga, manter os seus empregos e a crise económica", rematou o Presidente da República.
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