Covid-19: Mulher entre os 20 e os 29 anos entre os 14 mortos de hoje

A Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde realizam a já habitual conferência de imprensa relativa à evolução da pandemia de Covid-19 em Portugal.

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Anabela Sousa Dantas
31/05/2020 12:59 ‧ 31/05/2020 por Anabela Sousa Dantas

País

Covid-19

A conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (Covid-19) conta hoje com a Ministra da Saúde, Marta Temido e com a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas. O 'briefing' diário é realizado depois de, há momentos, ter sido divulgado o novo boletim epidemiológico

Marta Temido começou por dar conta de uma nova morte entre a faixa etária dos 20 anos. "Há registo de um novo óbito na população do sexo feminino entre os 20 e os 29 anos devido à Covid-19. Trata-se de uma situação de doença complexa associada à Covid-19", disse. Contam-se, assim, duas mortes nesta faixa etária, com o caso de um jovem com origem no Bangladesh.

A Ministra da Saúde prosseguiu, depois, garantindo que está a ser feito um trabalho de intervenção mais focado na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde há uma incidência maior de novos casos.

"Estamos agora focados em termos de atuação nos agrupamentos dos centros de saúde de Loures, Odivelas, Amadora, Lisboa e Sintra associados a surtos específicos", disse Marta Temido, esclarecendo que vai existir um investimento no rastreio da doença em atividades onde se têm verificado surtos, sobretudo em áreas associadas à construção civil e cadeias de abastecimento.

A ministra especificou, ainda, que, apenas na região de Lisboa e Vale do Tejo, existe uma capacidade para "4 mil análises por dia em ambiente público e 3 mil em ambiente privado", capacidade que está a ser mobilizada para detetar e rastrear casos de infeção, "sobretudo com foco na construção civil".

Questionada sobre a operação de encerramento de alguns espaços no bairro da Jamaica, este sábado, Marta Temido sublinha que esta decisão foi tomada tendo em conta a "proporcionalidade e adequação das respostas àquilo que são as necessidades". A ministra da Saúde recusou, assim, a ideia de uma "disparidade de tratamento" entre o Bairro da Jamaica (Seixal) e o surto da Covid-19 na Sonae da Azambuja, considerando que são fenómenos diferentes.

Sobre possíveis casos de reincidência em doentes que já estavam curados, Graça Freitas foi perentória: "Não existe reincidência face às pessoas que estão curadas, nem aqui nem noutros países". A diretora-geral de Saúde explicou que o que tem acontecido em alguns países "é que quando as pessoas repetem testes, às vezes, os testes dão positivo porque ainda existem pequenas partículas". Mesmo assim, Graça Freitas disse não ter conhecimento de casos deste género em Portugal.

À questão do Notícias ao Minuto sobre o aumento de máscaras e luvas no chão e se seria adotada alguma espécie de penalização para este comportamento - a par do que é feito em alguns países da Europa -, por ser um risco para a saúde pública, Graça Freitas indicou que há contacto com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no sentido de "serem reforçados, em determinados sítios, contentores para onde possam ser deitadas as máscaras".

A diretora-geral de Saúde, que não comentou a possibilidade de multas ou outras penalizações, disse que o cidadão deve deitar as máscaras ao lixo e/ou fazer-se acompanhar de um saco ou envelope onde guardar a máscara usada, para depois descartar corretamente.

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