Tiago Brandão Rodrigues visitou a escola básica José Cardoso Pires, em Almada, e, na antena da RTP3, começou por referir que "o mais importante hoje é termos as nossas comunidades educativas pré-escolar de volta às escolas".
"Fomos forçados, sem pré-aviso, a ir para nossas casas, a estarmos confinados, e é importante num momento como este podermos desconfinar e dar confiança às nossas comunidades educativas", destacou neste Dia da Criança que marca também o regresso das crianças aos jardins-de-infância após dois meses.
O ministro da Educação assinalou ainda que, "um pouco por todo o país, 225 mil crianças têm hoje um novo recomeço do ano escolar", sublinhando que, apesar de ser "por pouco tempo", até ao dia 26 de junho, "é muito importante podermos dar este voto de confiança e podermos ajudar também as famílias".
"Muitas famílias nestas últimas semanas nos disseram que, naturalmente, neste momento de muitos receios, tinham a confiança de querer voltar à sua vida normal porque também o necessitavam para voltarem ao dia ao dia", destacou Brandão Rodrigues.
O ministro enalteceu ainda o trabalho das educadoras e de todos os auxiliares, destacando "um trabalho muito próximo com as autarquias, que têm competências muito próximas neste nível de ensino".
O que pode ser feito para dar mais confiança aos pais?
"A sociedade portuguesa fez um confinamento rápido, passamos uma grande provação, e neste desconfinamento todos nós, independentemente de sermos pais, de termos a tutela dos jardins de infância ou de estarmos numa redação, temos medidas para mitigar os impactos deste vírus", explicitou o governante, dizendo em seguida que é necessário "também criar a confiança" e que "muitas das famílias tomaram opções de, por exemplo, irem para uma segunda habitação e estão longe dos seus lugares de residência".
"Sabemos que tal e qual como aconteceu no 11.º e 12.º anos no primeiro dia nem todos foram à escola mas logo no segundo ou terceiro dia tivemos um aumento muito significativo das famílias", referiu aos jornalistas.
Brandão Rodrigues destacou também a existência de 'zonas sujas' onde as crianças trocam de roupa, a disposição das salas e dos brinquedos, tudo pronto para que se tenha "a certeza que as crianças podem ser crianças mas, por outro lado, que temos os cuidados que é preciso ter".