Numa carta enviada hoje a Marcelo Rebelo de Sousa, a Juventude Popular (JP) pede que sejam reconhecidos publicamente "da forma [que o chefe de Estado] considerar mais honrosa e viável", no dia 10 de Junho, "aqueles que têm sido o rosto da coragem e da esperança que continuam a projetar a ideia de Portugal".
Em declarações à Lusa, o presidente da JP, Francisco Mota, concretizou que essa homenagem deveria acontecer na forma de uma condecoração às "classes que estão diretamente envolvidas na linha da frente contra a covid-19".
Essa condecoração devia ser, na ótica daquela estrutura, estendida a "médicos, enfermeiros, auxiliares e outros profissionais de saúde", às Forças Armadas e forças de segurança e também aos bombeiros sapadores e voluntários.
Francisco Mota propõe igualmente que estas classes, "que nunca são envolvidas nas comemorações" do Dia de Portugal, "passassem a estar sempre presentes", podendo até ter alguns representantes no tradicional desfile.
Apontando que estas profissionais ajudam a "fazer a sociedade" nacional e "tudo têm dado pela comunidade" mas são "muitas vezes esquecidos", o presidente da JP considerou que "este é o momento certo, e o ano certo, para fazer este reconhecimento nacional".
"O presente e incansável esforço patriótico de diversas classes profissionais de portugueses, cujo impacto se verifica na primeira linha de resposta no combate ao vírus, exige não menos do que essa elevação na hora de honrar e comemorar aquele que é um dia de enaltecimento dos nossos antepassados, de honra à nossa cultura e de exaltação da cidadania maior dos nossos tempos", refere a carta.
Na semana passada, a Juventude Popular pediu também uma audiência ao Presidente da República para lhe apresentar esta proposta e para "falar sobre o futuro das próximas gerações na sequência da crise".
O Dia de Portugal vai ser assinalado com uma "cerimónia simbólica" no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, às 11:00 de 10 de Junho, com discursos do presidente das comemorações, cardeal Tolentino Mendonça, e do chefe de Estado.
Esta informação consta de uma nota divulgada no portal da Presidência da República na segunda-feira, na qual se refere que "as comemorações que estiveram previstas para a Região Autónoma da Madeira e África do Sul, foram alteradas, para assim respeitar as regras de precaução sanitária no quadro da pandemia da doença covid-19".