A mãe de Beatriz Lebre, quebrou o silêncio e, apesar de ter optado por não dar a cara, trocou mensagens com a redação do programa 'A Tarde é Sua', conduzido por Fátima Lopes, que esta quarta-feira foram divulgadas. Paula Lebre afirma estar a fazer "um esforço muito grande para não fraquejar".
A mulher confirma que a sua filha não era namorada de Rúben, o suspeito de a ter assassinado, e que este era apenas "um colega de faculdade".
"Se as notícias sobre a morte da minha filha indicam o assassino como namorado é notícia falsa. O Rúben era colega de faculdade que, tal como os outros colegas, formavam grupos de trabalho em algumas cadeiras", explicitou ao programa da TVI.
E deixa um apelo: "Por favor, nunca digam que era namorado da minha filha. Isso era o que ele queria e foi essa negação que o fez matar. Referi-lo como namorado é dar-lhe uma vitória que ele não merece."
Paula destaca ainda que "o mundo não se resume a Rúbens, há muitas Beatrizes, há maldade, é verdade, mas também há muita beleza e, agora, todos ficaram a saber que perderam um pedaço do que existe de belo no mundo."
De recordar que o coletivo feminista 'Por Todas Nós' e vários estudantes do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) vão estar esta quinta-feira à porta da instituição, entre as 18h00 e as 20h00, a homenagear Beatriz Lebre e "todas as vítimas da violência contra as mulheres".
Beatriz Lebre, de 22 anos, natural de Elvas, estudante de Psicologia no ISCTE, foi assassinada, a 22 de maio, por um colega. Após confessar ter matado a jovem, Rúben Couto, de 25 anos, ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, decretada pelo Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.
Na passada sexta-feira, a Autoridade Marítima Nacional anunciou que foi encontrado um corpo no rio Tejo, na zona de Santa Apolónia, em Lisboa. As autoridades acreditam tratar-se do corpo da vítima.