De acordo com fonte da PSP, as três pessoas vão poder continuar no Seara -- Centro de Apoio Mútuo de Santa Bárbara, após um acordo, sendo que o acesso ao edifício ficará "vedado a outros".
Entretanto, a PSP não soube precisar por quanto mais tempo as pessoas irão ficar naquele lugar, adiantando que a Proteção Civil disse que podiam "pernoitar lá esta noite".
Com cerca de 12 elementos no local, a PSP acrescentou que os advogados dos proprietários e dos "ocupas" estiveram dentro edifício, bem como cerca de uma dezena de seguranças.
Cerca de uma dezena de seguranças privados entraram às 05:00 de hoje naquele centro de apoio a carenciados, para tentar despejar as pessoas que ali se encontravam, porque o espaço foi ocupado ilegalmente.
Os responsáveis pelo centro chamaram a PSP, que se dirigiu ao local e montou cordão policial.
"Está um perímetro de segurança [da PSP] à porta", referiu à Lusa o voluntário no centro, Bernardo Alvarez, adiantando que os proprietários estão a "cortar a água e a luz".
No local, a Lusa constatou que há pertences de pessoas no passeio e que o ambiente está calmo.
O Seara -- Centro de Apoio Mútuo de Santa Bárbara, em Arroios, foi criado por um grupo de pessoas que ocupou um antigo infantário abandonado e o transformou num centro de apoio de ajuda a pessoas carenciadas, incluindo sem-abrigo.
Quando ocuparam o espaço, os voluntários não sabiam quem eram os proprietários do imóvel, mas mais tarde descobriram que foi vendido a uma empresa de imobiliário e depois em parcelas a três pessoas que vivem no estrangeiro.
Os voluntários enviaram email a várias entidades, entre as quais a Câmara Municipal de Lisboa e a PSP, a informar de que iriam ocupar o espaço e os motivos.
Hoje, pelas 05:00, foram alvo de um despejo.
A agência Lusa tentou contactar a empresa de segurança, mas ainda não foi possível obter um comentário.