Esta sexta-feira, 12 de junho, vários murais e edifícios em Lisboa foram vandalizados com mensagens racistas e xenófobas.
Entre os murais vandalizados, está o mural evocativo dos 30 anos do assassinato de José Carvalho, dirigente do Partido Socialista Revolucionário, que foi a primeira vítima mortal de um grupo neonazi no pós 25 de Abril, partilhou a página Toupeira Vermelha, no Facebook.
Também em Loures, no Centro de Acolhimento para Refugiados da Bobadela, foram escritas "palavras de ódio racial", refere o deputado do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, no Facebook, acrescentando que também a Sede do Bloco de Esquerda, em Lisboa, foi alvo de vandalismo.
"Europa aos Europeus", "morte as refugiados" e "arábes e pretos fora", são algumas das frases pintadas nos murais e edifícios.
Através do Facebook, o Conselho Português para os Refugiados afirmou "repudiar veementemente" estes atos. "Na sequência dos atos de xenofobia e de racismo expressos nos muros externos vandalizados do Centro de Acolhimento para Refugiados na Bobadela, durante a última madrugada, o Conselho Português para os Refugiados manifesta sua preocupação e repudia veementemente qualquer atitude de violência e de ódio na sociedade portuguesa", pode ler-se.
O deputado do Bloco de Esquerda, Ricardo Moreira, também partilhou no Twitter imagens das pinturas feitas nas paredes da escola Eça de Queiroz, nos Olivais.
Pinturas racistas na escola Eça de Queiroz nos Olivais em Lisboa. O @LisboaBloco condena o raide de pinturas de direita #racista e xenófoba em #Lisboa pic.twitter.com/TJrUDQTxF7
— Ricardo Moreira (@ricardosmoreira) June 12, 2020
Recorde-se que também esta semana a estátua do Padre António Vieira foi vandalizada, com a palavra "descolonizar" pintada a vermelho.