Numa altura em que o calor se faz sentir e muitos portugueses estão de férias, a GNR alertou, esta terça-feira, para o elevado risco de afogamento dos mais pequenos. "A morte por afogamento é rápida e silenciosa!", começou por sublinhar a autoridade numa nota divulgada nas redes sociais.
Recordando que, de acordo com a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), nos últimos 15 anos, morreram 238 crianças e jovens por afogamento", a GNR lembrou ainda: "Perto da água, não perca as crianças de vista nem por um segundo!".
A força militar ressalva também que "bastam apenas uns segundos para tudo acontecer".
As piscinas são os planos de água com maior registo de afogamentos
Dados mais recentes revelados pela APSI indicam que em 2017 (último ano com registos oficiais) morreram nove crianças e jovens na sequência de um afogamento em Portugal. Entre 2011 e 2017, por cada criança que morreu afogada, três foram internadas, sendo as crianças até aos quatro anos as que mais se afogam. A cada seis internamentos por afogamento, nestas idades há uma criança que morre.
Nos últimos sete anos, o número médio de mortes por afogamento diminuiu (média/ano 2011-2017 de 9,6) face aos seis anos anteriores (média/ano 2005-2010 de 16,5). "O mesmo aconteceu com o número de internamentos que reduziu de 39,5 (2005-2010) para 29 (2011-2017).
O maior número de mortes por afogamento ocorre na faixa etária dos 15 aos 19 anos e o maior número de internamentos na faixa etária dos 0 aos quatro anos (considerando os últimos seis anos).
No que diz respeito ao local, as piscinas são os planos de água com maior registo de afogamentos (30%), seguido das praias (25%) e dos rios/ribeiras/lagoas (24%). Julho com 25%, agosto 20% e junho 14% são os meses onde se verificaram mais casos.
Leia Também: Menino de dois anos morre afogado numa piscina em Palmela