João Pedro Matos Fernandes antevê que a frequência dos areais vá aumentar, ainda mais, no próximo mês de agosto, mas acredita que os portugueses "tudo farão para continuar a inibir, nas praias, o contágio da covid-19".
"Desde o início da época balnear, e até à data, já foram às praias em Portugal nove milhões de pessoas. Num só dia chegámos a ter mais de um milhão de pessoas, num conjunto de praias. Mas o comportamento da maioria, na manutenção dos afastamentos e das regras de segurança, tem sido precioso e de grande rigor. Estamos muito agradecidos ao esforço, que estou certo irá continuar", disse o governante.
O ministro do Ambiente não valorizou os casos recentes de interdição de praias, devido à contaminação das águas, nomeadamente na região do Algarve, que entretanto já foi levantada, considerando serem situações "marginais".
"É uma questão que acontece todos os anos, e é marginal. Desde o início da época balnear estamos a falar em quatro ou cinco casos. Às vezes surgem por razões naturais, como na presença de algas, ou, como esta última, em Vila Real de Santo António, pela presença de coliformes, que nem se percebeu de onde tiveram origem. Mas todas [as interdições] já foram levantadas", vincou.
João Pedro Matos Fernandes abordou este tema à margem de uma visita à fábrica de painéis solares Energie, na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, onde foi inaugurada uma nova unidade produtiva, num investimento de 1 milhão de euros que vai permitir à empresa aumentar em 40 por cento a sua capacidade produtiva e criar mais postos de trabalho.
Durante a cerimónia, o governante abordou a pertinência destes equipamentos para que o país possa atingir, em 2050, a meta de ser neutro na emissão de carbono, e reiterou a pertinência da estratégia do Governo para o hidrogénio.
"Este é um projeto ganhador. Já não há desafios tecnológicos na produção do hidrogénio, há desafios industriais na produção em escala. Para isso, é fundamental que Portugal se afirme na liderança desse processo", disse o governante.
O ministro, que nesta visita à empresa da Póvoa de Varzim, foi acompanhado pelo secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, voltou a comentar as críticas do líder do PSD, Rui Rio, a esta estratégia do hidrogénio lançada pelo Governo, dizendo que "estão muito mal os políticos que, parecendo ser responsáveis, acham que esta é uma questão menor".
"Para Portugal desempenhar no mundo um papel no combate às alterações climáticas, fazendo com que a economia cresça, distribuíndo riqueza e bem-estar, esta é uma preocupação fundamental. Os industriais portugueses, ao contrário do dr. Rui Rio, deram uma grande resposta ao desafio que o governo lançou", vincou João Pedro Matos Fernandes.
Ainda no âmbito da eficiência energética no país, o ministro do Ambiente lembrou o programa de incentivos, no valor de 4,5 milhões de euros que está a ser preparado pelo Governo para apoiar as famílias, em investimentos feitos nas suas habitações.
"Vamos apoiar a compra de equipamentos mais eficientes para as águas sanitárias e climatização, portas e janelas e na envolvente opaca [isolamento térmico]. Iremos comparticipar uma parte destas despesas, com verbas do fundo ambiental, em que as pessoas, após pagar, terão direito a um reembolso até 3250 euros, num valor nunca superior a 75 % do investimento feito", explicou o ministro.