Marcos Bessa é o criativo por trás do projeto ‘The Simpsons House’, a casa de Lego da família Simpson, com lançamento oficial marcado para fevereiro deste ano. O português de 24 anos, oriundo de Vilela, Paredes, trabalha na empresa há três anos e não podia estar mais orgulhoso do resultado - em menos de 11 horas a página do Facebook da empresa recebeu mais 40 mil ‘likes’, um bom indicador sobre a expetativa em relação ao produto.
“Dizer que sou o ‘responsável’ por este projeto é um pouco exagerado. Há imensa gente por trás deste magnífico produto. Todos nós trabalhamos em conjunto para realmente conseguir produzir mais uma versão daquele que é para muitos o melhor brinquedo do Mundo! Eu tive a sorte e o imenso prazer de ter a responsabilidade criativa neste caso particular, tendo sido o responsável por traduzir em peças Lego aquela que será muito provavelmente a casa da família mais famosa da televisão”, afirma o criativo.
Marcos candidatou-se a uma vaga de designer na Lego em 2010, apresentando um portefólio com as suas melhores criações com peças daquela marca dinamarquesa até à data. Foi escolhido para viajar até à sede da empresa em Billund, na Dinamarca, com mais 40 pessoas, a nível mundial, e conseguiu ficar entre os dez selecionados. Hoje é Senior Designer.
O jovem é um confesso apaixonado pela Lego, paixão que, após ter, de certa forma, reprimido por altura da adolescência, curiosamente, reavivou pouco antes de ir trabalhar para a multinacional.
Ao mesmo tempo, para desenhar o conjunto ‘The Simpsons House’ precisou de “rever imensos episódios” da mítica série por forma a “relembrar algumas das mais importantes cenas” emitidas no pequeno ecrã.
O design do projeto, parte que tinha a seu cargo, demorou dois meses a ser concluído, conta Marcos, sendo que tinha outros em execução paralela como o filme ‘Uma Aventura Lego’, que irá estrear no próximo mês.
“As figuras foram recriadas pelos meus colegas Gitte Thorsen, escultora, e Chris B. Johansen, designer gráfico. Eu desenhei o modelo em si, incluindo toda a casa, o carro e os diferentes detalhes no exterior e interior”, esclarece o criativo.
Consciente da importância do projeto, o jovem português não deixa de sentir uma “satisfação imensa” ao aperceber-se do orgulho que tem vindo a ser demonstrado em relação ao seu trabalho, esforçando-se por fazer o seu melhor para que, no fim do dia, possa veicular “uma boa imagem dos Portugueses”.
“Acho que cresci demasiado influenciado pela mentalidade de que apenas o que se faz lá fora é bom. Fui tentando contrariar essa tendência de pensamento à medida que fui crescendo, mas há sempre alturas em que esse modo de pensar ainda prevalece. Hoje, perceber que também outros sentem este mesmo orgulho em relação a mim traz-me sem dúvida uma satisfação imensa! E obviamente o peso da responsabilidade de em algum modo estar a representar também o meu país”, concretiza Marcos.